Em pleno Março Lilás, mês reservado aos cuidados da saúde feminina, o Serviço de Radioterapia do Hospital São Domingos acaba de iniciar o funcionamento do seu equipamento de braquiterapia, tendo como primeira paciente uma portadora de câncer ginecológico. O procedimento tem alto índice de sucesso e uma de suas vantagens é que possibilita que a radiação atinja diretamente o tumor, sem ultrapassar os tecidos saudáveis ou chegar a outras áreas do corpo.
Nos casos de tumores ginecológicos, como os de colo uterino ou endométrio (camada interna do útero), o procedimento é uma das formas de tratamento mais indicadas, pois atua de forma localizada nas áreas comprometidas, ou em risco de comprometimento, e minimiza possíveis danos aos tecidos sadios adjacentes.
Para o coordenador da Radioterapia do Hospital São Domingos, o médico Flávio Napoleão, o tratamento é um avanço tecnológico e de alta qualidade para as pacientes que necessitam desse tipo de cuidado. “Poucos centros de saúde do país possuem o serviço de braquiterapia com capacidade de ser integralmente tridimensional (3D). Esta modalidade permite que altas doses de radiação sejam administradas em um curto intervalo de tempo, diretamente no tumor, por exemplo, na cavidade vaginal e uterina, sem que se atinjam outras áreas, com doses personalizadas, visando alcançar as necessidades de cada paciente”, detalha o médico.
Referência em medicina de alta complexidade no Maranhão, o Hospital São Domingos oferece um tratamento completo de combate ao câncer, com os procedimentos de cirurgia oncológica, quimioterapia e radioterapia. “O hospital já contava com a radioterapia, que está funcionando desde abril de 2018, e a braquiterapia 100% 3D reforça este serviço, podendo funcionar de forma exclusiva ou complementar ao tratamento de radioterapia. É uma técnica moderna e extremamente eficaz para quem luta contra o câncer”, ressaltou o médico.
A braquiterapia é uma opção para muitos tipos de câncer, como os de colo do útero, de próstata, mama e pele. Além da precisão quanto à realização, outra vantagem fundamental é a redução do ciclo de tratamento, pois o tumor pode ser tratado com doses de radiação mais elevadas, que, por serem extremamente localizadas, possibilitam uma redução das probabilidades de danos desnecessários aos tecidos saudáveis mais próximos.
Segundo Flávio Napoleão, a principal diferença entre a braquiterapia 3D e a braquiterapia convencional (2D) está na precisão das imagens que fundamentam o tratamento. Enquanto a primeira usa imagens da tomografia computadorizada, com ou sem fusão de imagens de ressonância magnética, a segunda utiliza somente exames de raios-X para localizar o alvo a ser tratado e os órgãos de risco adjacentes. Desta forma, em função das imagens de tomografia serem muito mais precisas, principalmente na questão da visualização dos órgãos de risco próximos ao volume de tratamento, existe a possibilidade de protegê-los na simulação e no planejamento do tratamento, permitindo alcançar maior eficiência e segurança.
“É um grande avanço para os pacientes do São Domingos e para a Região Nordeste, que hoje conta com um serviço em que 100% dos procedimentos realizados para tratamento desse câncer serão submetidos a braquiterapia 3D”, observa Flávio Napoleão.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.