A base governista recuou na Assembleia Legislativa e decidiu formalizar convite ao presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev), Joel Fernando Benin, após a oposição ter protocolado pedido de convocação do gestor.
O pedido de convocação, de autoria do deputado César Pires (PV) estava na pauta de votações de ontem. Antes de o requerimento ser apreciado pelo Plenário, contudo, a base governista se movimentou, e para amenizar o desgaste – diante da situação alarmante do rombo bilionário da previdência estadual -, pediu a substituição do pedido, pelo convite.
Coube ao líder do Governo no Legislativo, deputado Rafael Leitoa (PDT), apresentar a proposta à oposição, no momento em que elevaria da tribuna, o encaminhamento da pauta.
“Senhor Presidente, só para ficar claro para os demais deputados e galeria, imprensa, o seguinte. […] Nós conversamos com o deputado [César Pires] e para que a gente não possa ficar fazendo sucessivos requerimentos de pedido de informação, que a gente transformasse o pedido de convocação, num convite, pela Comissão de Administração Pública, do presidente deputado Adelmo Soares, para que a gente convidasse o Iprev e o Governo do Estado para trazer as informações”, disse o líder governista.
“Então, deputado César Pires, como assim entendemos, presidente Othelino, que o requerimento do deputado César Pires seja retirado de pauta e a gente trabalhe dentro da Comissão de Administração Pública”, completou.
Na tribuna, Pires falou do pleito governista e retirou o pedido de convocação com a garantia do Executivo de que o presidente do Iprev se apresentará ao Legislativo na primeira quinzena do mês de abril para esclarecer o rombo previdenciário no Maranhão.
“O deputado Rafael consultou o presidente da Casa e pediu que eu transformasse o meu pedido de convocação em um convite, não tem problema. Para mim, o mais importante não é execração pública, não é a mídia. O mais importante é que o presidente do Iprev venha até aqui, porque o arrazoado que ele fez para mim nas explicações dele, são extremamente de verniz, sem sustentação nenhuma, que me permita fazer uma avaliação criteriosa e técnica”, disse.
Ele afirmou ter recebido documentos que tratam de alugueis de imóveis sob os quais são de propriedade do Iprev e questionou o destino final dos recursos.
“Muita coisa precisa ser esclarecida. Eu não sabia, por exemplo, que ali a Casa das Dunas, é do Iprev, é do Fepa, está alugado, mas nunca me disseram para aonde o dinheiro vai do aluguel. O Ceprama, é preciso vir provar aqui para aonde vai esse aluguel? Não pode ficar nessa natureza”, acrescentou.
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