LENTIDÃO

Congestionamento quilométrico causa transtornos no Centro

Trânsito tem ficado conturbado, principalmente nos horários de pico, como início da manhã e fim do dia, desde que vias, próximas à Deodoro, foram interditadas para instalação de faixas, há um mês

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Congestionamento tem sido constante no Centro, por causa de obras
Congestionamento tem sido constante no Centro, por causa de obras (Congestionamento)

Não tem sido fácil enfrentar o trânsito, logo nas primeiras horas da manhã, nos arredores da Praça Deodoro, no centro de São Luís. Acontece que desde que a Alameda Silva Maia e a Rua Rio Branco foram fechadas para obra de readequação e acessibilidade, têm sido cada vez mais constantes os engarrafamentos pela região, mesmo com o trânsito tendo sido alterado para outra via - alternativa aos ônibus que seguem o trajeto Avenida Beira-Mar. Ontem (13), mais uma vez, a situação ficou complicada, sobretudo para quem utiliza o transporte público, quando o congestionamento atingiu 3,5 quilômetros de lentidão. Prefeitura informou que tem atuado para combater os transtornos causados pela obra.

Chegar atrasado ao trabalho, escola, universidade ou qualquer ou­tro compromisso se tornou uma rotina para quem não tem como pegar outra rota que não passe pelo Centro. Desde que o tráfego de veículos pela Alameda Silva Maia e Rua Rio Branco teve de ser interrompido, e realocado para a Rua Celso Magalhães, por causa da obra de implantação de faixas de pedestres elevadas, iniciada no dia 16 de fevereiro, o saldo de quase todas as manhãs úteis para quem precisa sair de casa cedo tem sido de estresse. “Nunca mais eu soube o que é chegar cedo à escola, porque toda vez, desde o fechamento das ruas, tem esse congestionamento no Centro”, declarou o estudante Gabriel Neiva, de 18 anos.

A obra, que tanto tem causado dor de cabeça a condutores e usuários do transporte público, que não têm podido evitar os frequentes atrasos diante dos compromissos diários, estão sendo executadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Prefeitura de São Luís, completando o projeto de requalificação urbana das praças do

Pantheon e Deodoro. Mesmo apreciando a obra, para o técnico em eletrotécnica Luiz Azevedo, de 27 anos, a interrupção do trânsito pelas duas importantes vias de fluidez de veículos que trafegam pelo Centro por quase um mês, não tem contribuído para manter a imagem do Complexo Deodoro.

A intervenção
Quando anunciada a interrupção no tráfego de veículos pelos locais supracitados, a Prefeitura de São Luís também informou que, para que não houvesse transtornos, os agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) de São Luís auxiliariam os condutores no local, o que foi constatado por O Estado na manhã de ontem (13), quando o congestionamento percorria desde a Avenida Getúlio Vargas, no bairro Monte Castelo, à Rua Barão de Itapari, que dá acesso à Avenida Beira-Mar - itinerário temporário dos ônibus que passariam pela Rua Rio Branco, mas, segundo quem ficou preso no caos, o efetivo de fiscais é muito pouco para orientar no cenário que se for­ma há um mês, diariamente, na região. No total, foram cerca de 3,5 quilômetros de engarrafamento só na manhã de ontem.

“Para a gente que depende de ônibus, a situação é significativamente mais complicada, porque não tem para onde correr. A dificuldade é muito maior, muito difícil mesmo. Consome tempo e qualidade de vida da gente, porque não tem nada mais estressante que passar horas e mais horas no engarrafamento, sem sair do lugar”, contou a universitária Mila Tancredo, de 23 anos. “Definitivamente, a situação dessa obra precisa ser concluída. Se fosse em outra cidade, já teriam sido feitas duas obras dessas nesse tempo todo”.

Por meio de nota, a SMTT informou que vem tomando todas as providências relativas aos frequentes congestionamentos registrados na região central de São Luís, fazendo alterações de rotas no entorno, bem como atuando de forma permanente com agentes dispersos em vários pontos estratégicos, durante todo o dia. Por fim, disse que vem intensificando ações de orientação e disciplinamento nos horários de maior movimento de trânsito.

Conforme o Iphan, as intervenções realizadas na Avenida Silva Maia, que necessitaram do fechamento da via para tráfego de veículos foram a construção de duas faixas de pedestres elevadas (uma na lateral da Alameda Silva Maia e a outra na lateral da Praça Deodoro já na Rua do Sol); a execução de cruzamento elevado entre a Avenida Silva Maia e a Rua Rio Branco, em frente a Caixa Econômica Federal; e a execução do corte da pavimentação asfáltica para passagem de tubulação subterrânea de alimentação do transformador que será instalado para atender de maneira definitiva à rede elétrica de iluminação pública da Praça do Pantheon. Tais intervenções são indispensáveis para dar condições de acessibilidade as Praças e Alamedas e fazem parte do projeto de requalificação urbanística.

A previsão de liberação da via para o tráfego de veículos, segundo já alinhada com a SMTT, estava marcada para hoje (14).

SAIBA MAIS
A obra

Devem ser construídas duas faixas de pedestres elevadas com acessibilidade na Alameda Silva Maia, que vai do passeio – onde há o embarque e desembarque do transporte urbano – até a Praça Deodoro. As faixas deverão ter o mesmo nível do piso da praça para facilitar o tráfego de passageiros e serão implantadas nas duas extremidades do logradouro, sendo uma no início e outra no final – no trecho da Rua Rio Branco com a Rua do Sol.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.