Segurança Pública

Números mostram contradição em críticas de Flávio Dino contra Pacote Anticrime

Violência no Maranhão aumentou em todos os índices apontados como preocupantes por comunista

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Governador tem criticado duramente medidas para combater criminalidade do Governo Federal
Governador tem criticado duramente medidas para combater criminalidade do Governo Federal (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino demonstrou preocupação nesta semana em relação ao Pacote Anticrime apresentado ontem pelo Governo Jair Bolsonaro. Idealizado pelo ministro Sérgio Moro, o pacote prevê endurecimento da lei. Para o comunista, o pacote pode acarretar no aumento de mortes provocadas por policiais, aumento da comunidade carcerária e violência. Curiosamente, dados do último Anuário Brasileiro da Segurança Pública mostram que todos esses números aumentaram no Maranhão durante o governo do próprio Flávio Dino.

Um dos pontos mais criticados por Flávio Dino foram as novas regras para Legítima Defesa para agentes de segurança pública propostas pelo juiz Sérgio Moro. “Da forma como foi proposto, na verdade, você terá a ampliação de casos de sacrifício de vidas”, disse. Ocorre que entre 2014, último ano da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), e 2017, penúltimo ano do governo comunista, o número de mortes decorrentes de intervenções policiais aumentou 79.4%.

O comunista também recriminou o endurecimento das leis que, segundo ele, podem superlotar presídios e ocasionar mais violência. “Se [as pessoas] forem presas de qualquer forma, vai aumentar a violência na sociedade, o que, claro, ninguém deseja”, disse o governador.

Durante o governo Flávio Dino, segundo dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, o número pessoas abrigadas pelo sistema prisional maranhense teve um aumento de 31.7% entre 2014 e 2017.

No mesmo período o Maranhão também teve um aumento nos casos de latrocínio (+31.8%), lesão corporal seguida de morte (+74.7%), roubos de carga (+32.8%) e notificações de estupro (+15%).

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