TRANSTORNOS

Ruas ficam intrafegáveis no Recanto do Vinhais após obras

Problema se repete há cerca de um ano; moradores estão impedidos de estacionar veículos em garagens e o serviço de coleta de lixo já deixou de passar pelas vias

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Cratera na Rua do Egito, no Recanto dos Vinhais tem dificultado o trânsito
Cratera na Rua do Egito, no Recanto dos Vinhais tem dificultado o trânsito (rua do egito)

SÃO LUÍS - Seja a pé, de carro, moto ou bicicleta, passar pelas ruas do Egito e Projetada, na Vila Progresso, localizada no bairro Recanto dos Vinhais, tem sido tarefa difícil. Isto porque, após realizar obras para restaurar a tubulação das vias há cerca de um ano, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) não repôs o asfaltamento do trecho, que, com a chegada das chuvas, tornou-se uma armadilha para pedestres e motoristas que constantemente sofrem prejuízos no local.

Na Rua do Egito - via bastante movimentada, que interliga a Via Expressa ao Recanto dos Vinhais, utilizada como alternativa para motoristas -, os moradores precisaram readequar a rotina para conviver com o problema. Isto porque estão impedidos, até mesmo, de estacionar seus veículos nas garagens das casas devido as condições das ruas, expondo os carros ao risco de roubos, assaltos e vandalismo, como contou a operadora de caixa Nagla Conceição.

“A gente não pode mais nem colocar o carro para dentro, por causa dos buracos que tem na porta de casa. Ou fica ali no começo da rua, onde ainda passa, ou na outra rua”, contou a moradora .
Outro problema causado pela situação é a impossibilidade de realização da coleta de lixo na via. Devido aos buracos, o caminhão da prefeitura teve de deixar de passar pela rua e, para não amontoar resíduos em casa, moradores levam o material para outros pontos do bairro, conforme explicou o piscineiro Manoel da Silva.

“A gente se juntou e começou a colocar entulho e mato para tapar os buracos, tentando facilitar a passagem do caminhão de lixo, mas já não dá mais certo. Quinta-feira [12] já não passou. Hoje a gente já combinou de se juntar e levar o lixo para outra rua”, esclareceu.

De acordo com o almoxarife Dayvisson Araújo, a Caema chegou a ser contatada por diversas vezes, inclusive para a exigência de reparo nas calçadas que também foram afetadas pela obra. “Depois de muita insistência eles vieram, há uns dois meses, mais ou menos, tiraram fotos, arrumaram a calçada e concretaram uma parte da rua, mas não durou muito, uma parte do asfalto que ainda tinha cedeu e o concreto foi junto. Enquanto isso, idoso cai, carro fica preso e quebra aí. Há menos de uma semana foi uma viatura da polícia, a gente teve que se juntar para ajudar a tirar o carro do buraco”, contou Araújo.

O Governo do Maranhão foi acionado para tratar sobre os problemas gerados após serviços da Caema e, por meio de nota, informou que cumpre uma programação extensa de serviços de recapeamento asfáltico em trechos e vias que sofreram obras, manutenção em redes, ou outro tipo se intervenção. No caso da Vila Progresso, onde foi realizada implantação de rede coletora de esgoto, os trechos estão inseridos na programação que vem sendo executada dentro das possibilidades mediante condições favoráveis, levando em consideração período chuvoso.

Alagamento
Na Rua Projetada, localizada na área baixa do bairro, os buracos, também resultantes das obras da Caema, causam um problema ainda maior. Além da dificuldade para trafegar, os moradores precisam lidar com constantes alagamentos. Segundo os moradores, há dias em que a água invade residências e gera prejuízos à população. Nem mesmo o posto policial que fica na esquina entre as ruas do Egito e Projetada escapam. “Já teve dia em que a água batia no joelho, lá dentro do posto da polícia”, afirmou Dayvisson Araújo.

Mais problemas

Nas ruas Santo Antônio e Transjordânia, localizadas próximo à lagoa do Recanto dos Vinhais, dois trechos possuem crateras surgidas após parte do asfalto ceder devido a força da água que escoa pelo local. O problema ameaça pedestres e motoristas que, cientes do perigo, evitam passar pelo local.

O Estado manteve contato com a Prefeitura de São Luís para questionar as medidas que estão sendo tomadas para solucionar os problemas que atingem as ruas Projetada, Santo Antônio e Transjordânia, citados pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

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