Opinião

Do trivial variado

Benedito Buzar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
“O que previa Nascimento Moraes não aconteceu em São Luís, mas as suas advertências não ficaram perdidas no ar, pois anos depois o Brasil inteiro viu estarrecido o que recentemente ocorreu em Minas Gerais”Benedito Buzar
O protesto de José Moraes

O desastre ambiental e humano ocorrido em Minas Gerais, nas barragens de Mariana e Brumadinho, remete aos anos de 1980, quando a multinacional Alcoa instalou em São Luís o projeto Alumar, para produzir alumínio e alumina, extraído da soda cáustica, matéria-prima para o refino da bauxita.

Naqueles idos, o intelectual maranhense, José Nascimento Moraes, estudioso e preocupado com a preservação do meio ambiente de nossa Ilha, lançou-se de corpo e alma numa campanha de protesto e de advertência para impedir a Alumar de aqui se implantar.

Com aquele vozeirão que lhe era peculiar, ele alertava a sociedade maranhense, através do Comitê da Ilha de São Luís, acerca dos perigos ambientais que nos ameaçava se ficássemos de braços cruzados diante de um projeto de tamanha gravidade.

O que previa Nascimento Moraes não aconteceu em São Luís, mas as suas advertências não ficaram perdidas no ar, pois anos depois o Brasil inteiro viu estarrecido o que recentemente ocorreu em Minas Gerais, onde duas barragens, localizadas em Mariana e Brumadinho, romperam e causaram estragos ambientais e humanos que, pela sua grandiosidade, são incalculáveis e sem retorno.

Mudanças Urbanísticas

No começo do século XX, São Luís viveu um tempo de profundas mudanças na sua vida urbana.

Em função da conjugação de esforços do Governo do Estado e da Prefeitura, a Capital do Estado passou a contar com uma série de melhoramentos urbanísticos.

Por conta dessas providências governamentais, a cidade se viu servida de energia elétrica, sistema de abastecimento de água, bondes elétricos e de equipamentos de coleta de lixo.

Em pleno século XXI, com a tecnologia em processo de avançada produção, a Prefeitura não conseguiu implantar o VLT em São Luís, projeto que o ex-prefeito João Castelo tentou introduzir na cidade, mas ficou na saudade.

Gastos de pessoal

Vários governadores estaduais estão pressionando o Supremo Tribunal Federal para no dia 27 declarar constitucional o artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que permite corte de gastos de pessoal e redução de carga horária de servidores públicos.

O governador Flávio Dino é um dos signatários dessa reivindicação ao STF.

Imposto pra todo lado

Em matéria de compromissos tributários, não há nada pior do que o início de cada ano.

Tudo começa em fevereiro, quando os proprietários de veículos motorizados, são compelidos a se quitar com o IPVA.

Em abril, fica-se livre do IPVA, mas surge de maneira escorchante o IPTU, deixando o contribuinte combalido.

Em maio, quem aparece é o famigerado Imposto de Renda, que invade a nossa vida com ameaças de toda a natureza.

O padre da Sé

A saída do padre César de Sousa, como pároco da Catedral Metropolitana de São Luís, dividiu os católicos que frequentavam a igreja da Sé.

O sacerdote que durante 11 anos esteve à frente daquela paróquia, não conseguiu a unanimidade dos paroquianos.

Se uma parte dos fieis lamentou a sua partida, a outra parte apoiou a sua transferência para outra paróquia, pela maneira circense como celebrava os cultos religiosos.

Pura encenação

Anotem para conferir depois: não vai dar absolutamente nada essa investigação que o senador Roberto Rocha, como corregedor do Senado, assumiu o compromisso de descobrir quem tentou fraudar a eleição da nova Mesa Diretora do Senado.

Toda essa movimentação, em torno de um voto que comprometeu a mais alta Casa do Congresso Nacional, não passa de uma manobra parlamentar para embair a opinião pública.

O corporativismo e o tempo se encarregarão de dar um final silencioso àquela enganosa investigação.

Bancada da chupeta

Uma afirmação que precisa ser melhor explicada pela senadora Eliziane Gama: “O Senado se livrou da bancada da chupeta e do jardim de infância”.

A crucificação de um jovem

O deputado Duarte Junior está pagando um preço alto pela sua juventude e seu arrebatado temperamento.

Num infeliz debate com o experiente deputado César Pires, deixou-se levar pela imaturidade e acabou sendo mal visto pela opinião pública, a qual, ele, como dirigente do Procon, prestou relevantes serviços, daí porque, em reconhecimento à sua competência e seu incansável trabalho, deu-lhe eloquente e esmagadora votação.

Duarte Junior, pelo seu preparo intelectual, tem tudo para ser um bom político, mas precisa o quanto antes frear os impulsos e controlar a vaidade.

Prefeitos e carnaval

Como acontece todos os anos, quando chega o carnaval, os prefeitos de quase todas as cidades do Maranhão, esquecem o drama financeiro a que estão engolfados e assumem o compromisso de bancar as festas de Momo.

Como se fossem mágicos, os gestores encontram meios e recursos para gastar num evento que, nos últimos tempos, passou a ser uma obrigação do poder público municipal.

Nesse particular, que seja louvado e imitado o gesto da Defensoria Pública do Estado do Maranhão e o Ministério Público do Maranhão que ingressaram na Justiça com ações para impedir a Prefeitura da Capital de destinar qualquer recurso para o carnaval enquanto a situação do Hospital da Criança, em São Luís, não for resolvida com respeito à liberação de verba para funcionar.

Candidato a Papa

Tenho muitos anos de estrada na política maranhense, mas não conheço ninguém com uma carreira tão rápida e galopante como a desse Weverton Rocha, que surgiu na vida pública usando meios considerados nada republicanos.

De deputado federal ascendeu como um foguete para o Senado da República, gastando uma fortuna tão visível e estrondosa que só a Justiça Eleitoral não viu.

Não satisfeito de ser senador, seus acólitos estão anunciando as suas próximas metas políticas: prefeito de São Luís e depois governador do Estado.

Nessa voracidade insaciável pelo poder, será que a sucessão do Papa Francisco não está nas cogitações de Weverton?

Lembrando Vitorino

Essa fulminante ascensão de Weverton Rocha na vida pública maranhense, faz lembrar o senador Vitorino Freire.

Num comício no interior do Estado, que contou com a presença do seu sobrinho, Pedro Brito, candidato a deputado federal, o locutor anunciou: - Com a palavra o Dr. Pedro Brito, futuro presidente da República.

Foi o bastante para Vitorino dizer em alto e bom som: - Aguenta Brasil velho.

Evangélicos na política

Os evangélicos têm todo o direito de se candidatarem a cargos políticos, mas ao se elegerem não podem confundir a tribuna política com o púlpito religioso.

Cantar hino evangélico, como fez recentemente a deputada Mical Damasceno numa sessão legislativa, é querer misturar assuntos da Assembleia de Deus com os da Assembleia Legislativa.

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