Modernidade

Jardins verticais ou suspensos: tendência de paisagismo moderno de projetos em ambientes

Nova tendência é usada especialmente em ambientes internos, que, normalmente, não dispõem de grandes espaços para o cultivo de árvores de maior porte

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

[e-s001]Com o crescimento populacional no país, faz-se necessário otimizar espaços e áreas até mesmo na construção de moradias. É neste contexto que ganham destaque os chamados jardins verticais, que se adaptam aos mais diversos ambientes, mesmo aqueles com menor espaço como áreas de condomínios e outros. Existem duas formas de jardins verticais: os artificiais e os naturais.

Os jardins verticais são considerados uma ótima forma de maximizar o espaço limitado e de recuperar espaços que, até então, estavam vazios. Além de ornamentar o ambiente interno, não somente de locais residenciais como ainda de áreas de trabalho, os jardins deste tipo também são importantes para melhora da qualidade do ar e servem ainda como isolantes acústicos, bloqueando – de acordo com estudos – ruídos considerados de baixa frequência.

Os jardins podem ser constituídos, por exemplo, por vasos que podem ser fixados por parafusos e presos com alças de metal. Uma solução mais prática é o uso de garrafas pet, que – se cortadas – podem ser usadas como suporte para receber materiais, como o adubo que será usado no desenvolvimento das plantas e pedras também usadas em alguns itens de jardinagem.

Em projetos mais sofisticados, a fixação de um jardim vertical depende de fatores como a colocação de estruturas metálicas, para sustentação das espécies, além de um sistema de irrigação para, dependendo da superfície em que estejam as plantas, levar água e outros nutrientes a elas. E ainda, em alguns casos, a instalação de sistemas elétricos para abastecimento de luz, que neste caso teria finalidade estética e de sobrevivência das plantas.

Especialistas, dependendo do ambiente, também sugerem o chamado “upcycling”, ou seja, técnica que reaproveita objetos com tendência de descarte. Pedaços de madeira, por exemplo, que fatalmente iriam para o lixo são usados com frequência em projetos de paisagismo e arquitetura e servem como apoio para a fixação das plantas e colocação de adubos, por exemplo.

[e-s001]O Estado decidiu consultar o arquiteto Ulysses Costa, ganhador de diversos prêmios de carreira e com escritório montado em área nobre da capital maranhense. Ele, que tem clientes no Maranhão e em estados como Piauí, Amapá, Paraíba e ainda no Distrito Federal, mostrou em um software próprio para a apresentação de projetos alguns exemplos de espaços que, além de outros detalhes, apresentam jardins “suspensos”.

O arquiteto apresentou, por exemplo, um espaço aprovado pelos clientes e que será preparado em um bairro da cidade. A área será usada como lazer pelo contratante e reúne, além de piscina, um espaço ornamentado com pedras naturais que formam uma ótima composição com as plantas. “Normalmente, a colocação de jardins do tipo verticais é uma sugestão que parte da elaboração do projeto. Ou seja, depende de quem elabora o espaço sugerir”, frisou Ulysses Costa.

Segundo ele, a cada 10 projetos elaborados em seu escritório, que recentemente apresentou projetos para a remodelagem de negócios consolidados na Ilha, em especial nos ramos de alimentação e lazer, oito apresentam os chamados jardins verticais. Em uma pizzaria conhecida da capital maranhense, o segundo pavimento apresenta, em uma das paredes, um jardim que virou atração entre os clientes. “Você consolida o seu espaço, mostra algo interessante para seu cliente e aquela área ainda vira uma referência no lugar”, disse.

LEIA TAMBÉM:

Árvores frutíferas voltam a ser plantadas em canteiros de SL


Dentre as plantas mais usadas em jardins do tipo estão as samambaias e as chamadas rendas portuguesas (que são espécies oriundas das samambaias). “Há outras também que podem ser usadas. Dependendo da espécie, umas precisam mais do que outras de luz natural”, disse Ulysses. As plantas apontadas por profissionais da jardinagem e outros especialistas no assunto e que necessitam de locais com sol pleno são a jibóia, o aspargo, a russélia, a hera-inglesa e o liríope. Para estas, o ideal é que a formação do jardim vertical com elas seja em áreas externas, no complemento de projetos de lazer, por exemplo.

Outros tipos de plantas necessitam de locais com mais sombra e, portanto, são mais indicadas para jardins de inverno ou outros espaços mais internos, como o rabo-de-burro, o singônio, o asplênio, a guzmania, e outros.

Sobre as samambaias
Mais comum entre os jardins verticais e preferência na temática, a samambaia é considerada uma planta popular e que normalmente era vista naquele jardim ou terraço do vovô ou da vovó. Cientificamente chamada de Nephrolepis exaltata, sendo também uma das espécies da família das Davalliaceae, ela é popularmente ela também é chamada de samambaia-americana, lâmina de espada, samambaia-de-Boston e samambaia-espada.

[e-s001]A samambaia costuma ser nativa de áreas como África e das Américas (Central, do Norte, do Sul). Além disto, é vista também em locais na Ásia, podendo chegar a aproximadamente um metro de altura.

Rendimento de trabalho
Estudos apontam que pessoas atuando em um ambiente com plantas registram 12% de produtividade maior do que aqueles que estão em locais fora deste contexto. Dentre as vantagens, está o fato de proporcionar a funcionários um ambiente mais leve, com elementos naturais e que dão, em tese, leveza e satisfação a quem usufrui do ambiente.

Temperos
Vários usuários desta prática ornamental também usam as técnicas dos jardins verticais para o plantio de ervas, temperos e outros itens em espaços que não são, em tese, destinados a estas e outros culturas. Alguns cidadãos utilizam a técnica de jardinagem nestes espaços em jardins de inverno e outros.

Esta finalidade é usual de ambientes domésticos e vários são os exemplos em casas e apartamentos da cidade. Temperos como cebolinha, salsa, além de hortelã, podem ser cultivadas em paredes sustentadas por bases que podem ser feitas com o uso de diversos materiais, sejam eles de plástico ou com tendência sustentável.

Sistema de irrigação
Normalmente, para se irrigar áreas vegetais colocadas verticalmente, as técnicas usadas correspondem à montagem de sistema de irrigação que consiste na colocação de tubos proporcionais à configuração dos vegetais na superfície. Em alguns casos, o sistema utiliza água de chuva, que é reaproveitada.

SAIBA MAIS
Vantagens da arborização de São Luís com plantas frutíferas:

- Equilíbrio ecológico
- Transformação do gás carbônico em oxigênio
- Diminuição da poluição ambiental
- Criação de abrigos para a proteção de raios solares, evitando doenças
- Proporção de um visual urbano mais agradável

Árvores frutíferas nos canteiros de SL

[e-s001]Amendoeira
A planta pertence à família Combretaceae, nativa da Malásia. Apresenta crescimento rápido, de 12 a 35 metros de altura por 6 metros de largura. É considerada uma planta excelente para regiões litorâneas, pelo fato de ser tolerante à salinidade do ar e do solo, assim como a ventos fortes e estiagem. A amendoeira é amplamente divulgada em regiões tropicais e é vista como “uma árvore ornamental” e de sombra, devido à folhagem considerada densa. A espécie não é recomendada para plantio em estacionamentos, pois os frutos ricos em ácidos podem manchar os automóveis.
Fonte: www.floresefolhagens.com.br.

[e-s001]Mangueira
Constituído por frutos comestíveis, trata-se de uma árvore produtora de sombra. Os frutos podem ser consumidos in natura ou em sorvetes e doces. De acordo com especialistas, as mangueiras se adaptaram bem aos locais onde são plantadas, incluindo a capital maranhense, por suas capacidades de se adaptarem a diferentes condições climáticas. É considerada a maior árvore frutífera do mundo, chegando a medir de um a cem metros de altura e uma circunferência de até 20 pés (ou aproximadamente 6 metros).
Seu raio de copa pode alcançar até 10 metros e, quando jovens, as espécies podem ser identificadas por suas folhas verdes perenes e largas, com uma altura de até 16 centímetros cada.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br.

[e-s001]Os “cajueiros” da Ferreira Gullar
Na Avenida Ferreira Gullar, uma das mais novas da capital maranhense, existem belos cajueiros plantados, em sua maioria, pela população e que são usados pela comunidade ribeirinha e adjacentes que utiliza os frutos para consumo e venda. Planta típica do Brasil, sua maior concentração é vista no Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Geralmente, a safra do produto acontece a partir do primeiro dia do ano até o início de março.

[e-s001]Cacaueiro
Quem gosta de ver um pé de cacau
pode apreciar um plantado ao lado da Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen. Planta estimulante e tropical, o cacaueiro pertencente a família das Esterculiáceas. Dependendo do tipo, obtém-se dele o chocolate, produto alimentício de alto valor energético.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.