Ataque

Ataque a complexo hoteleiro deixa 15 mortos em Quênia

Imagens do circuito interno de segurança mostram quatro homens equipados com armas automáticas e granadas entrando no estabelecimento

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Nairóbi - Um ataque do grupo islamita somali Al-Shabab contra um complexo hoteleiro de Nairóbi, no Quênia, deixou pelo menos 15 mortos. As forças de segurança puseram fim, nesta quarta-feira, ao atentado após quase 20 horas de cerco.

"Posso confirmar a vocês que a operação de segurança no complexo de Dusit terminou há uma hora e que todos os terroristas foram liquidados", declarou o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em entrevista coletiva.

"Até o momento, temos 15 mortos, entre eles estrangeiros", informou uma fonte policial que pediu para não ser identificada.

As imagens do circuito interno de segurança divulgadas pela imprensa local mostram quatro homens equipados com armas automáticas e granadas entrando no estabelecimento. Pelo menos um extremista detonou seus explosivos no início dos ataques.

A fonte policial afirmou ainda que dois agressores foram mortos na manhã desta quarta-feira em uma troca de tiros. O presidente Kenyatta elogiou o trabalho das forças de segurança quenianas. "Mais de 700 civis foram retirados do complexo desde o início do ataque até as primeiras horas da manhã", afirmou.

Uma fonte do necrotério local fez referência a 15 corpos: 11 quenianos, um americano, um britânico e outras duas pessoas de nacionalidades ainda ignoradas. Parentes das vítimas se reuniram perto do necrotério, mas não foram autorizados a ver os corpos.

"Minha irmã não está em nenhum hospital e, da última vez que nos falamos, ela de repente começou a chorar e a gritar, e eu pude ouvir tiros", lamentou uma mulher chamada Njoki. "Não temos dúvida. O corpo dela deve estar aqui", completou.

Ataque coordenado

O ataque foi reivindicado pelos radicais somali Al-Shabab. O modus operandi se assemelha a outros ataques realizados pelos extremistas em Mogadíscio: uma bomba explode (por meio de um suicida, ou de um carro-bomba), e um comando entra no prédio alvo para matar o maior número possível de pessoas.

A brigada antiterrorista chegou rapidamente ao local com um veículo blindado. Um fotógrafo da AFP viu os cadáveres de cinco pessoas na área externa de um restaurante do complexo. Não muito longe, ele também viu o corpo de um homem-bomba que se explodiu.

Em um comunicado divulgado em Nova York, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, "condenou veementemente" o ataque, descrito como "covarde" pelo presidente da Comissão da União Africana, Mussa Faki. Não é a primeira vez que o país vive um ataque tão violento.

Em 7 de agosto de 1998, um ataque reivindicado pela Al-Qaeda contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi deixou 213 mortos e 5 mil

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.