Sem resposta

Polícia ainda não encontrou autores da morte de jovens na zona rural

Crime brutal foi desvendado no dia 03 de janeiro, quando as três vítimas foram encontradas mortas na área do Coquilho, em São Luís; População cobra celeridade das investigações

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Joanderson Muniz, Gustavo e Gildean que foram executados há 11 dias na zona rural de São Luís
Joanderson Muniz, Gustavo e Gildean que foram executados há 11 dias na zona rural de São Luís

São Luís – Após 11 dias que veio a tona a chacina que vitimou três jovens – sendo dois menores de idade – na área do Coquilho, zona rural de São Luís, a polícia, por meio da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), ainda não encontrou o (s) autor (es) dos crimes. Principais suspeitos, policiais militares e um agente penitenciário que prestam serviços de vigilantes nas obras dos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida que têm na região (local das barbáries) prestaram depoimentos, mas só um PM está preso até o momento, e ainda não é confirmado se foi ele o executor.

Na segunda-feira passada, dia 07 de janeiro, o policial militar identificado como Hamilton Caires Linhares, lotado na Companhia de Operações Especiais (COE), foi preso, por meio de um mandado de prisão temporária, suspeito de envolvimento no triplo homicídio. O militar já prestou esclarecimentos a respeito do crime e o caso continua sendo investigado. Contra ele também foi aberto um procedimento administrativo militar, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA). De acordo com a polícia, o militar Hamilton fazia trabalho extra como segurança e ele confessou em depoimento que perseguiu os meninos e deu um tiro para cima para assustá-los, mas negou a autoria do crime.

No último dia 09 de janeiro, a polícia ouviu o depoimento do policial militar João Inaldo Corrêa Júnior. O militar foi ouvido na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), por ser o suposto dono de uma arma usada (emprestada ao Hamilton) para dar um tiro para cima no dia do crime. Por fim, ele foi liberado.

A polícia já tinha ouvido na última terça-feira, dia 08 de janeiro, o depoimento de outro PM identificado apenas como Leonardo, além de um agente penitenciário. Eles faziam a vigilância armada de um condomínio em construção na região, onde os meninos chegaram a ser vistos com vida um dia antes do crime.

A principal linha de investigação é de execução, principalmente pela forma como o corpo dos meninos foram encontrados. A Polícia Civil informou que também já identificou o tipo de arma usada no crime.

As vítimas foram identificadas como Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Muniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, de 14 anos. Eles estavam desaparecidos desde a manhã de quinta-feira, 3, e foram vistos no horário da tarde por vigias que trabalham na obra.

Corpos encontrados:

Na sexta-feira, 04, o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado por volta das 11h3 para recolher os corpos dos três jovens que foram encontrados na região do Coquilho, na zona rural de São Luís. Os cadáveres estavam em uma área de matagal, nas proximidades da construção do habitacional.

De acordo com as primeiras informações sobre o que teria motivado o triplo homicídio, as vítimas teriam invadido a área de construção para tirar caranguejos e, em decorrência disso, foram assassinados pelos vigilantes da obra.

Homenagens:

Ontem, moradores das comunidades do Mato Grosso e Coquilho, na zona rural de São Luís, prestaram homenagens aos três jovens. Houve um torneio de futebol beneficente, para arrecadar alimentos para as famílias das vítimas, e também uma passeata para cobrar celeridade das investigações.

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