TRANSTORNOS

Associadas a problemas estruturais, chuvas causam prejuízos em São Luís

Parte do calçadão da Avenida Litorânea cedeu há seis dias e até a tarde de ontem nenhum serviço havia sido iniciado pela Sinfra no local, que ficou perigoso para frequentadores da orla; deslizamento deixou casa prejudicada

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

[e-s001]Na Avenida Litorânea, parte do calçadão cedeu após as fortes chuvas de quinta-feira (29 de novem­bro). O local foi isolado pela Defesa Civil, mas, até a tarde de ontem, nenhuma medida efetiva foi tomada pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) para solucionar o problema, que vem gerando prejuízos a donos de bares da área. Para quem passa frequentemente pelo local, os cuidados são redobrados, devido ao risco de novo desabamento.

Ao chegar ao bar na manhã de sexta-feira, o proprietário Gleyson dos Santos precisou lidar com os prejuízos que resultaram da somatória entre problemas estruturais e a força da água pluvial. “Isso tudo aconteceu porque, nesse trecho, a única galeria que não estava entupida era essa, mas ela não foi suficiente para aguentar a força da água e acabou rompendo toda a estrutura”, contou o dono do estabelecimento.

De acordo com Santos, ainda na sexta-feira a Defesa Civil esteve no local e demarcou a área - que permanece isolada -, informando que agentes da Sinfra compareceriam ao local para solucionar o problema, o que não ocorreu, até o momento em que O Estado esteve no local.

“Eles informaram que o órgão competente viria aqui e, até agora, a gente espera. O meu pai queria, inclusive, iniciar a obra por conta própria, porque a gente percebe o prejuízo diariamente, vendo os clientes assustados, mas o pessoal da Defesa Civil explicou que só a Sinfra pode fazer a intervenção. Então, a gente só pode esperar, não é?”, lamentou Gleyson dos Santos.

A expectativa é de que as providências sejam tomadas antes que uma nova parte do calçadão venha a ruir, já que, a cada chuva, a água infiltra e enfraquece a estrutura que ainda se sustenta. Além de Santos, quem passa pelo local também se preocupa e toma cuidados redobrados, como o vendedor de lanches Edvaldo Rodrigues.

“Passo por aqui todo dia e, na sexta-feira, quando me deparei com o buraco que abriu, foi um susto. A gente tem medo, mas precisa passar por aqui para trabalhar, mas a gente tem cuidado em passar um pouco mais distante da área isolada”, comentou.

Procurada por O Estado, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) informou que os problemas estavam sendo levantados e, assim que fosse verificada a extensão dos danos, os reparos serão iniciados, com prioridade para as demandas que oferecem riscos à população.

[e-s001]Deslizamento
Também na Avenida Litorânea, um deslizamento de terra ocorrido durante as chuvas de quinta-feira (29) vem causando uma série de problemas ao administrador de empresas Júnior Ribeiro, que teve a casa invadida pela lama. De acordo com o estudante Malta Neto, sobrinho do proprietário, os prejuízos chegam a R$ 30 mil, entre eletrodomésticos que foram danificados e serviços que estão sendo custeados pela família, para evitar novos transtornos. O estudante explicou que, de acordo com o laudo realizado pelo engenheiro contratado pela família, o problema se deu devido à retirada da vegetação nativa e substituição por placas de grama, para a construção de um heliporto na residência de um empresário, com quem a família tenta manter contato.

“Sempre que tentamos falar com ele, somos informados de que ele não tem espaço na agenda. Hoje [ontem], um engenheiro mandado por ele nos procurou para iniciar obras de contenção, que não foram feitas durante a construção do heliporto. Ele trouxe alguns funcionários, mas não chegou a falar nada em relação ao ressarcimento dos nossos prejuízos”, reivindicou o estudante.

A família aguarda a emissão de laudos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para tomar as medidas cabíveis. O Estado manteve contato com o empresário, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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