Combate ao mosquito

Reduzidos em mais de 60% casos de dengue, zika e chikungunya em SL

Ações preventivas, como visitas domiciliares, ações educativas e participação da comunidade no combate ao mosquito Aedes aegypti, contribuíram para a redução de casos notificados na capital, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Agente de endemia visita casa no Centro de São Luís para combater o Aedes aegypti
Agente de endemia visita casa no Centro de São Luís para combater o Aedes aegypti (Agência Brasil)

SÃO LUÍS - Com a intensificação das medidas preventivas no trabalho de porta a porta, aliada às ações educativas junto à população, a Prefeitura de São Luís registrou uma redução de aproximadamente 60% no número de casos de dengue e 68% de zika vírus e chikungunya, notificados na capital. Os dados foram observados entre janeiro a setembro deste ano e comparados com o mesmo período do ano passado. As ações são realizadas de forma articulada e integrada, envolvendo as áreas da saúde, limpeza pública, educação e meio ambiente.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, a queda na incidência da doença na capital resulta do trabalho diligente que vem sendo executado em toda a cidade, para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e combater as doenças.

"A queda dos casos de dengue, zika vírus e chikungunya em São Luís mostra uma evolução muito positiva no combate à proliferação do mosquito, com ações de enfrentamento diretamente na base do problema, desenvolvendo adequadamente os serviços de limpeza pública, incentivando o descarte adequado de lixo, conscientizando a população para fazer a sua parte, realizando campanhas educativas nas nossas escolas, nas comunidades, entre muitas outras ações visando reduzir os focos do Aedes aegypti e, consequentemente, os casos das doenças acometidas pela picada do mosquito", observou Lula Fylho.

O levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio da Coordenação do Programa de Combate às Arboviroses, aponta que de janeiro a setembro deste ano foram notificados 481 casos de dengue em São Luís, sendo que no mesmo período do ano passado o município registrou 1.220 casos da doença. A redução dos casos de chikungunya também foi significativa: 109 casos contra 348 notificações verificados no mesmo espaço de tempo do ano anterior. Já o número de notificações de pessoas com zika caiu de 277 notificações para 87 casos da doença na capital.

O coordenador do Programa Municipal de Combate às Arboviroses, Pedro Tavares, também atribui ao trabalho preventivo de porta a porta a redução da incidência de casos dessas doenças. Segundo ele, de janeiro a setembro deste ano foram visitados milhares de imóveis e inspecionados 991 pontos estratégicos, que são locais mais vulneráveis à criação do Aedes aegypti, como oficinas mecânicas, borracharias, sucatões, ferros velhos, garagens e cemitérios.

As ações nesses locais consistem em uma grande ação para a realização de serviços como recolhimento de resíduos volumosos que geralmente ficam depositados nos fundos dos quintais, como móveis e eletrodomésticos velhos, restos de entulho, de poda e capina domésticos; pneus velhos e outros tipos de resíduos que possam se tornar criadouros em potencial do mosquito Aedes aegypti. Nas inspeções também são utilizados larvicidas ao serem identificados depósitos suscetíveis à proliferação do inseto.

"A intensificação desse trabalho focado na prevenção e no controle do problema foi crucial para a diminuição dos casos de dengue na cidade. Nosso cronograma de serviços é desenvolvido diariamente, contemplando todas as regiões da capital porque queremos atingir níveis ainda maiores na redução dos casos dessas doenças na cidade", ressaltou Pedro Tavares.

Mutirões

Outra ação desenvolvida pela Prefeitura no trabalho de combate à proliferação do Aedes aegypti são os mutirões nas áreas da cidade com maior incidência do problema. O mutirão já foi realizado nos bairros Vinhais, Planalto Vinhais e Cohafuma. Nos locais, durante uma semana, são intensificadas ações educativas junto à população e de limpeza urbana, com serviços de capina e roçagem em ruas e praças do bairro; inspeções preventivas com visitas domiciliares e em pontos estratégicos; serviços de bota fora para eliminação de criadouros do mosquito, entre outras ações de caráter preventivo.

A atividade dos agentes conta com a colaboração da população. A aposentada Evangelina Tavares, 86 anos, relatou, durante a inspeção dos agentes a sua casa, no Centro da cidade, que faz questão de seguir as orientações repassadas por eles para manter a casa livre do Aedes aegypti. "Além de importante, é nossa obrigação abrir as portas de nossas casas para os agentes realizarem o trabalho deles. Na minha casa nunca tivemos caso de dengue, zika ou chikungunya, e sempre contribuímos com esse trabalho preventivo realizado pela Prefeitura", disse.

O fotógrafo Fábio da Mata também recebeu a visita dos agentes de endemias em sua residência, também no Centro da cidade. Ele destacou a importância do trabalho dos agentes no enfrentamento ao problema. "Já tivemos em nossa família casos de pessoas com dengue, zika e chikungunya, assim como também soubemos de ocorrências aqui na vizinhança. Fazendo a nossa parte, a gente sempre mantém tudo conforme as orientações. Sem dúvida é um trabalho fundamental para prevenir novas ocorrências dessas doenças", relatou ele.

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