Na Roma antiga, dizia-se da mulher de César, então Imperador, naquele tempo de luxúria e de traições: não basta que ela seja honesta, tem que parecer. Ou seja, a mulher de César era tida como honesta, mas não se comportava como tal.
É muito comum ouvir alguém dizer: estou do seu lado, continuo seu amigo. Na prática, contudo, essa pessoa permanece indiferente e, em situações de afirmação, comporta-se com frieza diante dos fatos, como se nada tivesse acontecido. Costuma-se dizer: o verdadeiro amigo se conhece nas horas mais difíceis e aí é que você vai saber quem está realmente do seu lado.
Quando se vence uma eleição, por larga margem de votos, obtêm-se, sem nenhuma dúvida, a aprovação do eleitorado. Um governo saído de uma eleição dessas, parte para elaborar um planejamento estratégico definindo suas ações a longo prazo, sabendo com quem vai contar para implementa-las, quais dessas ações vão ser priorizadas; quais as razões para a escolha de determinados cursos de ação; como conseguir resultados; onde os investimentos serão realizados; quando esses investimentos serão feitos.
Depois, numa visão de curto prazo, ano a ano, define as táticas que vai adotar na implementação do seu planejamento estratégico.
Para o alcance desses objetivos, entretanto, esse governo precisa muito de duas premissas básicas: uma equipe de trabalho que seja competente e leal, constituindo-se num verdadeiro TIME, e do apoio explícito não só do eleitorado que o elegeu, mas da população representada pelos diversos segmentos da sociedade organizada: Sindicatos, Clubes de Serviço, Igreja, associações de classe, Universidade, Academia; Poderes Legislativo e Judiciário, movimentos populares.
Comecemos pelo TIME. Os componentes de um TIME tem que ser competentes, solidários e atuantes. Não basta que cada um seja competente, mas tem que ser solidário nas conquistas do outro, compreender as suas dificuldades e o defender nas horas certas, numa postura de verdadeiro amigo e não simplesmente de um simples integrante de equipe, apenas fazendo a sua parte. Tem que haver esforços comuns, sem que haja desperdício, em proveito de uma administração eficiente e eficaz.
Os eleitores, por sua vez, que estão apoiando o governo eleito - e mesmo aqueles que votaram contra - devem demonstrar esse apoio no curso das ações que estão sendo implantadas: profissionalização do funcionalismo; oportunidades de emprego; diversas obras de engenharia e de urbanismo; realizações nas áreas da saúde e da educação, também nas de segurança, assistência social, esporte e cultura.
A sociedade organizada - que abriga o que há de mais representativo na vida social, econômica e política de um país -, com certeza constituída de inúmeros simpatizantes desse governo, tem um papel de grande responsabilidade no processo de sua recuperação: promover a integração dos seus diversos segmentos, porque está diante de um novo momento em que o progresso acena com investimentos de grande efeito multiplicador - como no caso de indústrias, no campo econômico, e de escolas de nível superior, no campo educacional -, e ninguém pode mais se dar ao luxo de desperdiçar oportunidades nem recursos.
Em breve haverá uma nova geração de líderes responsáveis pela consolidação dos esforços desses tempos modernos e a realidade econômica, social e política do país poderá ser diferente: rica, usos e costumes civilizados, e representação democrática.
Antônio Augusto Ribeiro Brandão
Economista, membro da ACL, do IWA e do Movimento Nacional ELOS Literários, fundador da ALL
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