Sujeira, mau cheiro e um exemplo de descaso. Esse é o cenário que se formou no Mercado do Peixe, em São Luís, localizado na região central da cidade. No local, os restos dos pescados comercializados são o principal atrativo para os urubus. O espaço exige o mínimo de higienização e conservação. Porém, a realidade se mantém distante.
Encharcado pela água que se utiliza para limpeza dos peixes à venda, escamas e evisceração, todos dias, o chão do mercado transformou-se em um lamaçal fétido e em um espaço ideal para afastar os clientes do local - não sendo esse, obviamente, o objetivo dos revendedores. As poças que se formaram, o derramamento do chorume, o odor e os animais contribuem para um espaço de absoluta calamidade, além da falta de higiene interior - visivelmente inexistente -, que arruínam o local.
Os bons preços a que são vendidas as mercadorias no Mercado do Peixe sequer ainda são atrativos para a população da capital. Alvo de várias denúncias, o espaço jamais foi beneficiado com reparos, para garantir, entretanto, a presença rotineira de um público consumidor, fidelizado em outras épocas.
Problema antigo
O mau cheiro exala por toda a extensão do mercado da capital. É tão forte que não há necessidade de adentrá-lo para sentir o odor. Basta percorrer a Avenida Vitorino Freire, que passa em frente ao estabelecimento. A feira localizada ao lado, então, é mais um exemplo de descaso do ramo e que foi denunciado no começo deste ano por O Estado.
Durante reportagem veiculada em março, constatou-se que a água fétida composta com resto dos pescados escorria para a água do mar, na região da Praia Grande, e acarretava sobre os laudos de balneabilidade que declarava pontos impróprios para o banho nas praias da capital.
Na ocasião, a Prefeitura de São Luís foi contatada, mas não se manifestou diante do caso. Desta vez, o Município também foi procurado, mas até o fechamento desta edição não se pronunciou.
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