PRECARIEDADE

Falta de conservação e presença de urubus precarizam Mercado do Peixe

Tradicional em São Luís, Mercado do Peixe tornou-se ambiente de sujeira e consequente mau cheiro atrativo a bandos de urubus, que se aglomeram

Igor Linhares / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Urubus se aglomeram em lama fétida de resto de pescado que sai do Mercado do Peixe; situação é comum
Urubus se aglomeram em lama fétida de resto de pescado que sai do Mercado do Peixe; situação é comum (mercado do peixe)

Sujeira, mau cheiro e um exemplo de descaso. Esse é o cenário que se formou no Mercado do Peixe, em São Luís, localizado na região central da cidade. No local, os restos dos pescados comercializados são o principal atrativo para os urubus. O espaço exige o mínimo de higienização e conservação. Porém, a realidade se mantém distante.

Encharcado pela água que se utiliza para limpeza dos peixes à venda, escamas e evisceração, todos dias, o chão do mercado transformou-se em um lamaçal fétido e em um espaço ideal para afastar os clientes do local - não sendo esse, obviamente, o objetivo dos revendedores. As poças que se formaram, o derramamento do chorume, o odor e os animais contribuem para um espaço de absoluta calamidade, além da falta de higiene interior - visivelmente inexistente -, que arruínam o local.

Os bons preços a que são vendidas as mercadorias no Mercado do Peixe sequer ainda são atrativos para a população da capital. Alvo de várias denúncias, o espaço jamais foi beneficiado com reparos, para garantir, entretanto, a presença rotineira de um público consumidor, fidelizado em outras épocas.

Problema antigo
O mau cheiro exala por toda a extensão do mercado da capital. É tão forte que não há necessidade de adentrá-lo para sentir o odor. Basta percorrer a Avenida Vitorino Freire, que passa em frente ao estabelecimento. A feira localizada ao lado, então, é mais um exemplo de descaso do ramo e que foi denunciado no começo deste ano por O Estado.

Durante reportagem veiculada em março, constatou-se que a água fétida composta com resto dos pescados escorria para a água do mar, na região da Praia Grande, e acarretava sobre os laudos de balneabilidade que declarava pontos impróprios para o banho nas praias da capital.

Na ocasião, a Prefeitura de São Luís foi contatada, mas não se manifestou diante do caso. Desta vez, o Município também foi procurado, mas até o fechamento desta edição não se pronunciou.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.