Cinema

Curta-metragem maranhense em festival na cidade de Uberlândia

Filme em curta-metragem “(B)elas” , de Nádia de Cássia, foi selecionado para a mostra “Trakinagem de Cinema e Educação de Uberlândia”; produção aborda a questão racial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Cena do filme (B)elas, que participará de festival
Cena do filme (B)elas, que participará de festival (Belas)

SÃO LUÍS - Idealizado, produzido e estrelado pela atriz maranhense Nádia de Cássia, o filme em curta-metragem “(B)elas” foi selecionado, entre mais de 160 filmes de várias regiões do Brasil e do exterior, para a mostra “Trakinagem de Cinema e Educação de Uberlândia” (MG), que acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de outubro, naquela cidade mineira. A produção, selecionada ao lado de outras 19, tenta desmistificar o mito da democracia racial existente no Brasil.

Segundo Nádia de Cássia, “(B)elas” evidencia o claro interesse e urgência de se falar sobre o tema de que trata o filme, tão recorrente na sociedade atual, e do culto à beleza e à estética humana. O filme mostra que o processo de aceitação muitas vezes é mais difícil do que se imagina, principalmente quando ninguém escuta sua voz

“É um filme que desmistifica o mito da democracia racial existente no nosso país. Retrata as dificuldades por que passam as mulheres para serem aceitas nos padrões de beleza exigidos pela sociedade, principalmente a mulher negra, que vive em um mundo onde traços negroides é sinônimo de feiura.”, comenta a cineasta, que também é atriz e preparadora de elenco.

“(B)elas” tem 5 minutos e 36 segundos de duração e foi gravado em um shopping de São Luís e no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol). “Como cineasta, me incomodo por saber que não há muito espaço para os negros. Me coloco como primeira pessoa, pois nós só vamos poder ser vistas quando tivermos em primeira pessoa, para poder falar por nós mesmas. A função do cineasta negro é desconstruir estereótipos, poder criar e falar da nossa cultura e de nossas vivências em primeira pessoa”, completa Nádia de Cássia, que fez parte da primeira escola de cinema do Iema e é estudante do Cacem, além de integrar o Colético Reverbério.

A cineasta está arrecadando recursos financeiros para custear a viagem até Minas Gerais, bem como hospedagem e outros gastos. As doações podem ser feitas via conta do Banco do Brasil (AG: 2954-8; CC: 35334-5), em nome de Nádia de Cássia Oliveira Costa. “Já recebi alguma ajuda, mas ainda não dá para pagar todos os custos, pois tudo é muito caro. Em contrapartida, iremos divulgar a logo da instituição apoiadora e/ou o nome da pessoa apoiadora nos créditos do filme e na palestra proferida durante o evento em Minas Gerais e em futuros festivais nos quais o filme possa ser inscrito, bem como em flyers e cartazes de divulgação do mesmo”, diz Nádia de Cássia, que tem outros projetos na área da cinematografia, entre eles, outro curta-metragem, sobre a mesma temática, mas com uma abordagem infantojuvenil.

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