O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), tenta desde o início da semana consolidar-se como candidato único ao comando da Mesa Diretora da Casa para o biênio 2019-2020. O pleito será realizado em fevereiro, logo após a posse dos 42 deputados eleitos no último domingo, 7.
Apesar do amplo apoio a sua reeleição, o comunista ainda convive com as incômodas articulações dos deputados eleitos Marcelo Tavares (PSB) e Cleide Coutinho (PDT). Ambos chegaram a sondar outros deputados sobre a possibilidade de lançamento de uma candidatura alternativa. Neto Evangelista (DEM) também ensaiou um movimento, mas não avançou.
Cleide tem sido impulsionada a lançar-se candidata por aliados próximos, que avaliam ter ela direito a comandar a Casa como uma espécie de dívida de gratidão dos governistas ao seu marido, o ex-presidente da Assembleia Humberto Coutinho (PDT), falecido no início deste ano.
Já Tavares, apurou O Estado, tenta cavar uma candidatura como uma espécie de barganha para tentar garantir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) – a próxima a ser aberta, será preenchida por indicação do Executivo.
Othelino assumiu a presidência da Assembleia, definitivamente, no início de 2018, após a morte do então chefe do Poder Legislativo Estadual, Humberto Coutinho.
Na terça-feira, 9, apenas dois dias depois de confirmada a eleição de deputados estaduais, o deputado eleito Rildo Amaral (SD), que exerce mandato de vereador da cidade de Imperatriz, foi o primeiro a declarar publicamente apoio à reeleição do comunista.
Logo em seguida foi a vez do deputado reeleito Paulo Neto (DEM). Ele destacou a transparência e a condução técnica e política de Othelino na Casa. “É correto, leal, tem pulso, conduz a casa com competência”, declarou.
Além de Rildo e de Paulo Neto, os deputados eleitos Helena Duailibe (SD), Yglesio Moisés (PDT) e Leonardo Sá (PRTB) também já se manifestaram pela unidade em torno do nome do comunista, bem como toda a bancada do PCdoB.
Sem posição - Apesar de já ter recebido manifestações de apoio e de atuar na articulação direta pelo posto, Othelino tem evitado se manifestar publicamente sobre o tema.
Ele apenas agradeceu ao eleitorado pela votação recebida no domingo e disse que continuará com o mesmo modelo político adotado nos últimos 4 anos.
“Quero agradecer ao povo do Maranhão pela minha reeleição. Foi o reconhecimento do trabalho que fizemos nos últimos quatro anos. Eu fico muito grato pela minha vitória. A votação foi muito boa e agradeço a cada um dos meus eleitores, dos municípios que tive mais votos aos que tive menos. Além disso, o povo deu uma maiúscula vitória ao nosso campo político, com a reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), no primeiro turno, e com a eleição dos senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Foi uma sinalização objetiva e clara de quem está gostando desse novo modelo político que vem sendo implantado no estado”, disse.
Wellington revelou movimentos de Tavares
O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) confirmou na quinta-feira, 11, publicamente, o que já era de conhecimento geral nos bastidores: o deputado eleito Marcelo Tavares (PSB) manteve mesmo conversas com outros parlamentares tentando construir uma alternativa à reeleição de Othelino Neto (PCdoB) como presidente da Assembleia.
A revelação foi feita num discurso do tucano.
Wellington foi à tribuna comunicar que, apesar de ter atendido a um convite de Tavares para conversar cobre a sucessão, vai votar mesmo é no atual presidente.
“O presidente Othelino nunca boicotou, nunca prejudicou, uma só audiência qualquer trabalho do mandato do deputado Wellington. E é por esse motivo que na manhã de hoje estou fazendo esse registro. E ontem eu estive reunido também com o deputado Marcelo tavares e eu o ouvi e hoje nesta Casa, não combinei com ninguém, não falei nada com ingue´m, mas liguei agora há pouco para o deputado Marcelo Tavares, e o comuniquei primeiro o que vou comunicar agora: presidente Othelino indo para a reeleição desta casa, conte com o meu voto”, reforçou.
Marcelo Tavares, apesar disso, sequer deve ser candidato, já que pensa mesmo é numa vaga no TCE. E Cleide Coutinho (PDT), que chegou a ser instigada por aliados a candidatar-se, também deve acabar apoiando o atual presidente.
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