A corrente do PSDB que declarou apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) no segundo turno da campanha presidencial emitiu uma nota nesta quinta-feira, 11, para oficializar o posicionamento e cobrar uma "profunda autocrítica" da campanha petista. No documento, o movimento Esquerda Pra Valer reforça que o apoio é destinado ao candidato, e não ao PT, respeitando a posição de neutralidade decidida pela cúpula do PSDB.
"Avaliamos que um eventual retorno do PT ao governo federal só poderá garantir o respeito aos princípios democráticos se a candidatura de Fernando Haddad promover uma profunda autocrítica sobre a convivência republicana com as oposições e a forma de construção da governabilidade, com o respeito aos valores éticos que devem nortear a administração pública", diz a nota, assinada pelo coordenador nacional da corrente, Fernando Guimarães, e pelo secretário-geral do EPV, Douglas Gomes.
O movimento avalia que a presença de uma "candidatura protofascista" representa a ascensão de um projeto autoritário no País, em referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ao defender o apoio, a corrente tucana lembra que o partido já se juntou a adversários em eleições anteriores, como quando apoiou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno de 1989 contra a eleição de Fernando Collor de Mello.
O documento ressalta que o apoio não representa a opinião de nenhum parlamentar ou liderança tucana ligada à corrente. O movimento promete ainda excluir qualquer filiado da tendência que se manifeste favorável a Bolsonaro.
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