Eleições 2018

Após atentado, Bolsonaro desiste de campanha de rua

Aliados do candidato a presidente dizem que serão os apoiadores que irão às ruas nas semanas que antecedem o primeiro turno, porque, segundo eles, não há mais necessidade de ir às ruas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Bolsonaro após cirurgia para correção de problemas resultantes de facada no abdomen
Bolsonaro após cirurgia para correção de problemas resultantes de facada no abdomen (Bolsonaro)

São Paulo - Aliados ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) dizem que ele não deve mais fazer campanha na rua após ser agredido em Juiz de Fora (MG) e enquanto se recupera do ataque que sofreu.

Em entrevistas no hospital Albert Einstein, onde Bolsonaro está internado desde a manhã desta sexta-feira, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES), que integram a articulação política campanha do candidato, dizem que agora são seus apoiadores que irão para as ruas.

De acordo com Lorenzoni, os aliados farão "vigília e oração" até a próxima segunda-feira, 10, e depois irão para as ruas defender a candidatura do presidenciável. Ele pediu para que apoiadores não venham ao hospital nos próximos três dias.

"O Jair já fez tudo que tinha que fazer, Bolsonaro deu seu sangue pelo Brasil. Agora, quem vai para a rua somos nós, apoiadores, parlamentares, todos aqueles que querem ver o Brasil mudar", disse Lorenzoni. "Ele não precisa mais ir para a rua e correr risco", declarou Magno Malta.

Em conversa com apoiadores, Lorenzoni pediu para que cada um busque mais votos para o candidato. "Agora é com a gente, cada um de nós tem que buscar mais sete votos. O capitão já fez o que tinha de fazer", declarou aos simpatizantes.

A expectativa dos aliados é que o candidato do PSL fique de 10 a 12 dias internado e saia "em plena forma".

Mais

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que, após o ataque ao candidato do PSL Jair Bolsonaro, o efetivo da Polícia Federal destinado à segurança dos candidatos à Presidência será ampliado em 60%. Segundo Jungmann, foram destacados 80 policiais para acompanhar, além de Bolsonaro, os candidatos Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias. Somente para Bolsonaro havia 21 pessoas destacadas.

“Nunca fiz mal a ninguém”, diz candidato

SÃO PAULO - Na primeira declaração pública após ter sido esfaqueado em ato de campanha, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse que "nunca fez mal a ninguém". Após passar a madrugada no Hospital da Santa Casa, em Juiz de Fora (MG), o senador e pastor capixaba Magno Malta (PR-ES) publicou na manhã desta sexta-feira, 7, imagens e um breve depoimento do candidato, que está na UTI.

Bolsonaro agradeceu a equipe médica, Deus e disse ser inofensivo "Será que o ser humano é tão mau assim? Eu nunca fiz mal a ninguém", disse o presidenciável do PSL. "Eu estava muito preocupado. Parecia apenas uma pancada na boca do estômago, mas já levamos bolada no futebol. A dor era insuportável. Por isso parecia que tinha algo mais grave acontecendo. Essa equipe maravilhosa e abençoada evitou que o mal maior acontecesse", complementou Bolsonaro, com voz baixa.

"Muito obrigado aos médicos e enfermeiros de todo o Brasil por ter colocado essas pessoas certas nesse dia, às vésperas do nosso 7 de setembro", disse. Ele lamentou ainda não poder participar das festividades da data no Rio. Bolsonaro comentou ainda que já se preparava para um momento como esse.

Magno Malta, apoiador declarado de Bolsonaro, também gravou vídeos sobre sua chegada ao hospital. Em um deles, fez uma oração ao lado do leito de Bolsonaro e seus filhos. Mais cedo, disse que o ataque era um "acinte contra a nação".

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