Descaso

Equipamento de ressonância do HCM quebra e pacientes sofrem

Centenas de pacientes de São Luís e do interior, que necessitam de diagnóstico, estão prejudicados e sem acesso a esse tipo de exame na rede estadual de saúde; SES garantiu que ainda nesta semana equipamento voltará a funcionar

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Hospital Carlos Macieira  tem apenas um aparelho de ressonância e  ele está  quebrado
Hospital Carlos Macieira tem apenas um aparelho de ressonância e ele está quebrado (ressonância)

O único equipamento disponível no Hospital Estadual Carlos Macieira (HCM) para a realização de exames de ressonância magnética está quebrado, e centenas de pacientes de São Luís e do interior que necessitam de um diagnóstico estão prejudicados e sem acesso a esse tipo de exame em toda a rede estadual de saúde. Com a finalidade de obter mais informações sobre o caso, O Estado tentou conversar com algum representante da direção da unidade de saúde, mas ninguém foi encontrado.

A aposentada Raimunda Pereira Cunha, de 76 anos, veio de Santa Inês a São Luís em busca de tratamento. Sofrendo com dores no estômago, o médico sugeriu que ela fizesse uma endoscopia, além de uma ressonância magnética na capital, para verificar a causa. A tentativa, no entanto, foi frustrante, pois a paciente tentou ser atendida em hospitais estaduais, mas não conseguiu.

Com defeito
No Hospital Carlos Macieira, por exemplo, foi informada de que a máquina está com defeito. Sem falar na fila de espera, que é grande. Em uma clínica particular, agendou o procedimento, mas acabou não realizando. Raimunda Cunha precisou voltar para casa, pois descobriu que o exame de ressonância na clínica particular custa
R$ 1.500, 00. A quantia equivale a dois meses de sua aposentadoria.

"É um sofrimento muito grande você estar doente e ter de esperar. E nem se sabe quando o exame será feito. Se tenho algum problema, não estou sabendo, até agora. Seja o que Deus quiser. Agora, vou esperar receber meu salário da aposentadoria, para saber o que faço", disse, indignada.

O problema já dura várias semanas, conforme informações de uma funcionária da rede estadual de saúde, que, por motivos óbvios, preferiu não se identificar.

Sobre a situação, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, em nota, que já adquiriu a peça necessária ao funcionamento do equipamento, que voltará a operar ainda esta semana. A SES comunicou ainda que os pacientes com quadros mais delicados estão sendo encaminhados para unidades da rede estadual de saúde para a realização do exame.

SAIBA MAIS

O Hospital Carlos Macieira (HCM) é o único hospital de referência em alta complexidade da Rede Estadual de Saúde.
A ressonância magnética é um exame para diagnóstico por imagem que retrata imagens de alta definição dos órgãos, por meio da utilização de campo magnético. A ressonância magnética não utiliza radiação. Porém, uma vez que o aparelho tem um potente campo magnético, é preciso tomar cuidado para o que não utilizar durante o exame como: joias, objetos metálicos, maquiagem e outros.
O exame de ressonância magnética geralmente dura entre 15 minutos e duas horas. Dependendo do objetivo da ressonância magnética, o paciente pode ver filmes, ouvir sons, sentir odores, realizar tarefas cognitivas, apertar botões ou fazer outras coisas. Quem realiza a ressonância magnética deve dar instruções detalhadas do exame aos pacientes.

Fonte: portaleducacao.com.br

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