Caos na saúde

Governo perde R$ 4,6 milhões de repasse para UPA de Imperatriz

Prefeito Assis Ramos cobra atenção máxima do Governo do Estado para resolver os problemas na Saúde do Município

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
UPA de Imperatriz, para atendimento de urgência e emergência, inaugurada pelo governo passado
UPA de Imperatriz, para atendimento de urgência e emergência, inaugurada pelo governo passado (UPA de Imperatriz)

IMPERATRIZ - O que a população de Imperatriz achava ruim, que era a desatenção do Estado para com a Saúde do Município, acabou de piorar: a Secretaria de Estado da Saúde (SES) deixará de receber um auxílio de custeio anual da ordem de R$ 4,6 milhões para a manutenção da UPA Bernardo Sayão, em Imperatriz. A informação foi repassada pelo Ministério da Saúde, por meio de portaria do dia 2 de agosto, já publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a publicação, a suspensão ocorre em casos de unidades que “não estejam em funcionamento ou não apresentem a produção assistencial registrada nos sistemas de informação em saúde considerando as políticas de atenção à saúde” . Por outro lado, há informações que a UPA da Bernardo Sayão foi desabilitada pelo Governo Federal por falta de prestação de contas. Acrescente-se a isso o fato de, dias antes, o Ministério da Saúde já ter cortado o auxílio que vinha, via Estado, para a operação das ambulâncias do Samu, também por falta de apresentação de contas.

“Foi mais um duro golpe contra o povo de Imperatriz. Deus sabe do meu esforço para tornar a nossa Saúde minimamente resolutiva. Avançamos muito, mas cada vez que vamos atingindo um ponto de equilíbrio vem uma pancada dessas. Primeiro foi o fechamento cruel dos 20 leitos de UPA que tínhamos custeada pela União via Estado. Agora, de uma vez só, o corte de parte do custeio do Samu e a desabilitação da UPA estadual. O reflexo está provocando congestionamento no atendimento do Socorrão”, lamentou o prefeito Assis Ramos (MDB)

Os 20 leitos de UTI eram custeados desde o governo passado - de Roseana Sarney. Foram fechados em setembro de 2017 sem que o Ministério da Saúde sequer fosse avisado. Em junho, o prefeito teve que cortar outras prioridades para abrir pelo menos 10 leitos novos, somente com recursos próprios do Município.

A repercussão trouxe o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, a Imperatriz, que prometeu o retorno dos leitos retirados, mas isso não ocorreu até hoje. O Estado já contabilizou mais de R$ 3 milhões que deveriam ser destinados para a manutenção dos leitos, ajudando a salvar centenas de pessoas.

A UPA da Bernardo Sayão foi outro benefício do governo anterior, que aliviou o atendimento no Socorrão. “Não quero crer que o governo, em tempos eleitorais, apague o trabalho do governo passado por conta de uma disputa pelo poder. Isso atinge o povo, é contra vidas humanas. Peço que as pessoas observem o tempo de reação do governador. Com relação às UTI''''s, elas já se foram há quase um ano e agora com a UPA e os recursos do Samu", desabafou o prefeito Assis Ramos, indagando: " Quando o Governo do Estado vai tomar providências para resolver esses problemas?"

Euforia

Quarta-feira, 22,no meio da tarde, viu-se uma estranha euforia por parte do vereador governista Ricardo Seidel, num vídeo postado por ele em suas páginas, clamando por uma “ação urgente” do Ministério Público contra o prefeito pelo “fechamento da UPA São José”, segundo ele, “por falta de prestação de contas”, bradava.

Seidel estava enganado, porque a UPA que estava sendo desabilitada não era a do Município, mas de responsabilidade do governo que ele apoia. A partir daí, ele tirou o vídeo do ar e, até agora, não postou o que seria correto, pedindo a ação do Ministério Público contra o governador.

Mais

Nota da SES

Por meio de nota, a O Estado, a SES disse que a suspensão do repasse é um equívoco, que todas as informações têm sido repassadas regularmente ao Ministério da Saúde e que acredita no restabelecimento do envio da verba após o esclarecimento do caso. A íntegra:

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a unidade mantém o lançamento regular de sua produção, em obediência à Portaria nº 10/2017. A SES comunica que uma equipe técnica estadual já está em diálogo com o Ministério da Saúde para esclarecimentos sobre o equívoco gerado no sistema de apresentação desta produção, referente a UPA de Imperatriz. Tão logo haja esclarecimento, a suspensão do repasse deverá ser revogada.

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