SÃO LUÍS - Audiência de instrução sobre o assassinato do músico e empresário, Davi de Souza Bugarin de Melo, de 26 anos, ocorreu ontem na 4ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, e foi presidida pelo juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior. Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima foi assassinada a tiros pelo ex-sogro, tenente-coronel Walber Pestana da Silva, na residência do militar, no Parque do Nobres, na noite do dia 15 de fevereiro deste ano.
A sessão também contou com a participação do promotor de Justiça, Valdenir Cavalcante Lima, dois assistentes de acusação e o advogado de defesa, Ângelo Calmon. Na audiência foram ouvidas as 12 testemunhas entre acusação e defesa e o tenente-coronel Pestana.
O Ministério Público e a defesa do acusado farão as alegações finais e logo depois o juiz decidiria se o suspeito será submetido a júri popular. O Poder Judiciário ainda aguada o resultado dos exames feitos no notebook e no vestido da filha do militar.
O promotor declarou que até tenente-coronel está sendo acusado de homicídio simples, mas caso surgem novas provas materiais sobre o caso, a tipificação do crime pode sofrer alteração. Já o advogado de defesa informou que o seu cliente agiu em legítima defesa e isso está bem claro.
Denúncia
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, a vítima era namorado da filha do acusado, Ingrid Rayanne Silva e Silva, de 24 anos, e residia na casa do tenente-coronel, no Parque dos Nobres. Ela passou o Carnaval em Recife, e isso gerou ciúme em Davi Bugarin.
No dia do crime, o casal brigou. Davi Bugarin teria agredido fisicamente Ingrid Silva. Ela acabou se trancando no banheiro e a confusão foi presenciada pelo tenente-coronel Walber Pestana que ao tentar intervir na briga desferiu primeiramente um tiro na porta do banheiro e logo depois atingiu a vítima. O militar ainda levou o ex-genro até a calçada, que foi socorrido por Ingrid Silva e a esposa do militar, que o levaram para o Hospital Municipal Socorrão I, no Centro, onde ele morreu.
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