Estética

Queda de cabelo: pode ser alopecia frontal fibrosante?

Doença foi descrita na década de 1990, acomete couro cabeludo e outros pelos do corpo em homens e mulheres, mas tem mais incidência no público feminino; diagnóstico é difícil, pois queda de cabelos pode ser associada a outros fatores

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

[e-s001]Sobrancelha rala e queda de cabelo fazem a testa parecer maior. Se para os homens já é difícil enfrentar esses problemas, imagine para as mulheres. Pois foi exatamente o alarme do público feminino que chamou a atenção para a alopecia frontal fibrosante, uma doença que foi descrita em 1994 e cujo número de casos está aumentando exponencialmente ao longo dos últimos anos. Além da sobrancelha, a alopecia frontal fibrosante acomete também o couro cabeludo e outros pelos do corpo.

A queda de cabelo provocada pela alopecia frontal fibrosante é muitas vezes associada à idade, à menopausa, à calvície comum (que também acontece em mulheres) e até hábitos como “prender o cabelo muito forte” ou tirar demais os pelos da sobrancelha. Isso faz com que as pessoas demorem para buscar ajuda especializada.

O dermatologista maranhense Leopoldo Santos foi convidado recentemente para falar sobre a alopecia frontal fibrosante no Congresso Americano de Dermatologia em Chicago, Estados Unidos. “Tive a oportunidade de palestrar sobre essa doença que atormenta muitas mulheres. Lá, discutimos sobre a melhor abordagem para o diagnóstico e o tratamento adequado para estabilizar o avanço dessa queda de cabelo. O diagnóstico precoce é muito importante, pois os fios são destruídos pela doença e não crescem mais. Quanto antes fizermos diagnóstico e iniciarmos o tratamento maior será a chance de evitar a piora da queda de cabelo”, explicou Leopoldo Santos, que afirma ainda que já existem muito tratamentos eficazes que ajudam no controle da doença. Entre eles loções, infiltrações e comprimidos.

DConnection Hair

As doenças do cabelo e do couro cabeludo estarão em debate no DConnection Hair, Jornada de Dermatologia organizada pelos dermatologistas Eduardo Lago e Sabrina Beirão Léda, que traz especialistas nacionais, e um convidado especial, o professor da Universidade de Nova Iorque Jerry Shapiro (foto), uma das maiores autoridades mundiais em transplante capilar. O DConnection acontece no próximo sábado, (11), no Luzeiros Hotel e faz uma conexão de especialistas das áreas de dermatologia, urologia, endocrinologia, oncologia e ginecologia.

SAIBA MAIS

Alopecia é o termo usado para toda perda de cabelos, inclusive a que faz os homens ficarem carecas.
Alopecia Areata - tipo de doença onde os cabelos caem totalmente em uma parte da cabeça. Mesmo considerada autoimune, a alopecia areata pode ser tratada com medicamentos e os cabelos voltam ao normal.
Alopecia frontal fibrosante – neste tipo da doença, a raiz dos cabelos e demais pelos do corpo são afetados permanentemente. Depois de diagnosticada, é possível controlar para que não avance, mas os pelos e cabelos não voltam a crescer. Ainda não se sabe exatamente o que causa a doença, mas ela atinge quase só mulheres (98%) de idades variadas e não tem associação com os outros tipos de alopecia.

FIQUE POR DENTRO

[e-s001]Existe cura para a alopecia fibrosante frontal?
Não há cura para essa doença. No entanto, é possível controlar a sua progressão com medicações orais, que diminuem a atividade inflamatória. Por isso, quanto antes ela for diagnosticada, maior será a eficácia do tratamento.
Podemos usar plaquinol (cloroquina) na tentativa de reverter ou controlar a inflamação. Podemos também fazer aplicação tópica de corticoides, calcipotriol, tacrolimus e pimecrolimus. O tratamento vai depender da gravidade e do avanço da enfermidade. O objetivo é não deixar a doença evoluir e manter os fios que existem.
O profissional adequado para tratar essa patologia é o dermatologista tricologista, o qual é especialista em distúrbios capilares como queda e quebra dos fios e problemas no couro cabeludo.

Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista por meio de um exame clínico do couro cabeludo (tricoscopia digital) e dos pelos do corpo. Além disso, ele pode requisitar exames de sangue e biópsia do couro cabeludo para confirmar que o paciente tem a doença. Viu como a alopecia fibrosante frontal pode prejudicar a saúde dos seus cabelos? Agora que você já conhece os sintomas, é importante estar atento aos sintomas e procurar um profissional capacitado para te ajudar.

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