Exposição

Traços da África em exposição

Centro Cultural Vale Maranhão abre hoje a exposição “Africana: o diálogo das formas”, com curadoria de Paula Porta, que reúne 196 peças da coleção do médico pernambucano Eduardo Couto; público poderá conferir as obras de arte de amanhã até 1o de novembro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Máscara Gueledé, do Povo Iorubá, na Nigéria
Máscara Gueledé, do Povo Iorubá, na Nigéria

SÃO LUÍS-Obras representativas da arte de 62 povos que habitam 14 países africanos estão na exposição “Africana: o diálogo das formas”, a ser aberta hoje, às 19h, no Centro Cultural Vale Maranhão (Praia Grande). São 196 peças da coleção do médico pernambucano Eduardo Couto, entre máscaras, esculturas e objetos cerimoniais ou de uso cotidiano, como bancos e apoios de nuca. Entre as obras, estão algumas produzidas pelos povos Iorubá (Nigéria), Luba (Congo), Dan (Libéria), Fang (Gabão), Bobo e Gurunsi (Burkina Faso) e Dogon (Mali). A exposição ficará aberta ao público de amanhã até 1º de novembro, de terça à sábado, das 10h às 19h. A entrada é gratuita.

São raras as oportunidades de contato dos brasileiros com a arte africana de alta qualidade e com tal diversidade de origens e linguagens escultóricas, de acordo com a diretora e curadora do CCVM, Paula Porta. “As raras oportunidades que temos aqui, de contato direto com a produção artística africana, nos permitem perceber tantos elementos familiares, tantas permanências, que nos perguntamos: por que nos mantemos tão longe do que nos é tão próximo? Por isso, esta exposição nos parece especialmente importante.”, disse.

Mácara Bwoom Kuba, da República Democrática do Congo
Mácara Bwoom Kuba, da República Democrática do Congo

Linguagens
A curadoria da exposição é assinada pela historiadora e pesquisadora de Arte Africana e Afrobrasileira, Juliana Bevilacqua. De acordo com ela, esse conjunto de obras permite observar a riqueza, a imensa diversidade de linguagens e a qualidade escultórica dos artistas. “É a primeira vez que está sendo exposta com essa quantidade de peças. É uma coleção muito importante e rara no Brasil, com uma diversidade muito grande. É um convite à apreciação da riqueza das formas e soluções estéticas encontradas pelos escultores, mas também dos sentidos e dos significados presentes na arte africana”, disse.

As obras pertencem à Coleção Eduardo Couto. O médico pernambucano vem reunindo obras bastante especiais há 23 anos. A admiração pela estética africana e sua influência na arte do século XX o motivaram a iniciar a coleção, que pela primeira vez é exposta em seu conjunto e mostra porque essa arte desperta interesse no mundo todo há mais de dois séculos.

“A coleção é muito diversificada e permite compreender o diálogo entre arte, diversão, religião e controle social, e perceber como o mundo físico (clima, geografia, fauna) interfere na estética. Ela nos mostra como o profano e o espiritual, como um plano e outro se encontram, e nos presenteiam com arte”, disse. l

Serviço

O quê

Abertura da exposição “Africana: o diálogo das formas”

Quando

Abertura hoje, às 19h; aberta ao público de amanhã até 1o de novembro

Onde

Centro Cultural Vale Maranhão, na Praia Grande

Entrada gratuita

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