Evolução da gripe

Síndrome respiratória aguda grave provoca 12 mortes no Maranhão

49 casos da evolução da gripe foram registrados; outros quatro casos da SRAG, em decorrência da influenza (gripe) A (H1N1), foram contabilizados no estado

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Síndromes relacionadas à gripe têm causado óbitos no estado; manter público-alvo imunizado é o ideal
Síndromes relacionadas à gripe têm causado óbitos no estado; manter público-alvo imunizado é o ideal (gripe)

O Maranhão registrou só este ano cerca de 10 óbitos em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No total, 49 casos da doença foram registrados. Outros quatro casos da SRAG, por influenza (gripe) A (H1N1), foram contabilizados no estado e, entre esses, duas vítimas não resistiram. Os dados, coletados pelo Ministério da Saúde (MS), foram divulgados no site da entidade.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma complicação, um quadro de agravamento da síndrome gripal (SG), em que, além de apresentar os sintomas gripais como febre, tosse, dor de garganta, dor de cabeça ou no corpo, a pessoa passa a apresentar dispneia ou desconforto respiratório, piora nas condições clínicas de doença de base e hipotensão em relação à pressão arterial habitual.

O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas. Tanto a SRAG quando a SG, podem ser causadas por diversos vírus respiratórios. Os mais comuns são o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza B e influenza A, com seus subtipos A Sazonal, A H1N1 e A H3.

Uma das formas mais eficazes de prevenir a gripe, e a sua evolução, é por meio da vacinação, de acordo com Rita de Cássia Santos Carneiro, coordenadora de enfermagem do Centro de Saúde Paulo Ramos, situado no centro de São Luís. “É de grande importância as pessoas tomarem essa vacina, principalmente o grupo prioritário, mais vulneráveis a essa doença, como idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional”, explicou Carneiro.

Preocupação
Segundo o Ministério da Saúde, do grupo prioritário, 1.328.542 pessoas tomaram a vacina contra a influenza (gripe) no Maranhão. Esse número corresponde a uma cobertura de 78% da meta, que é de 90%. A Secretaria de Saúde de São Luís (Semus) informa que já foram vacinadas 150 mil pessoas na capital maranhense, o que representa pouco mais de 70% da meta prevista.

Conforme a coordenadora de enfermagem do Centro de Saúde Paulo Ramos, é baixa a procura, pelo grupo prioritário, pela vacina contra a gripe, na unidade de saúde onde trabalha. “A procura pela vacina contra a gripe aqui no Centro de Saúde Paulo Ramos é muito baixa. Principalmente em relação às gestantes e crianças. Idosos até vêm em um número considerável. Semana passada, vacinamos cerca de 4 mil idosos. Quem não faz parte do grupo prioritário procura a unidade de saúde, mas só podemos vaciná-los caso sobre vacinas, após a campanha, que vai até a próxima semana. Mas a vacina pode ser encontrada na Rede Particular de Saúde”, acrescentou Rita de Cássia Santos Carneiro.

O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 2 de junho, foram registrados 2.315 casos de influenza em todo o país, com 374 óbitos. Do total, 1.395 casos e 243 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 463 casos e 70 óbitos. Além disso, foram 236 registros de influenza B, com 29 óbitos e os outros 221 de influenza A não subtipado, com 32 óbitos.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que registrou um óbito, vítima de Influenza no estado. Informa, ainda, que meta de vacinação é de 90%

Recomendações:

São medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias:

Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum
alimento;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Manter os ambientes bem ventilados;
Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
lEvitar sair de casa no período de transmissão da doença;
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Fonte: Ministério da Saúde

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