Devido à alta do preço do óleo diesel, caminhoneiros bloquearam durante a manhã de ontem rodovias federais no Maranhão. A manifestação concentrou-se em três trechos da BR-135, em São Luís, e nas BRs 010, 316 e 230 em Imperatriz, Caxias e Balsas, respectivamente, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ato, que está no terceiro dia consecutivo, faz parte da greve nacional.
“A manifestação está causando alguns transtornos para a população em geral, porém os caminhoneiros têm um motivo válido para realização dos protestos. Eles estão sentindo na pele o aumento do preço do óleo diesel”, afirmou Antônio Noberto, assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal no Maranhão (PRF-MA).
Na BR-135, em São Luís, a manifestação começou por volta das 7h30 de ontem. Os caminhoneiros estacionaram seus veículos, no Km 12, na faixa direita da via, e deixaram o trânsito fluir, mas com lentidão.
Em Imperatriz, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que um grupo de caminhoneiros bloqueou a BR-010 em um trecho do Km 246, em frente a um posto de combustível. O bloqueio começou na última segunda-feira e seguiu durante a manhã de ontem. Mesmo com o bloqueio, os policiais informaram que veículos de passeio, ambulâncias, veículos com produtos perecíveis e ônibus foram liberados para seguir viagem.
Na BR-316, em Caxias, o protesto se concentrou Km 554. Assim como em Imperatriz, todos os outros tipos de veículos seguem com autorização dos manifestantes, exceto os caminhões.
Em Balsas, a manifestação também impede a passagem apenas de caminhões. Diariamente, algo em torno de 12 mil toneladas de grãos são transportadas saindo da região, movimentando até 400 profissionais do transporte especializado. Contudo, com o protesto, a atividade está suspensa.
A manifestação, em nível nacional, é por causa da alta do óleo diesel. A Petrobras anunciou que o preço deste combustível deve cair 1,54%, na quarta-feira (23).
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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