Energia limpa

Parques eólicos no Maranhão terão investimentos de R$ 500 mi

Além do complexo Delta 3, já em operação no estado e que possui 96 aerogeradores, a empresa Omega Energia implantará o Delta 5 e o Delta 6, entre os municípios de Paulino Neves e Barreirinhas, região de ventos intensos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Instalação de aerogeradores do complexo Delta 3, na região de Paulino Neves e Barreirinhas, gerou 1,5 mil empregos diretos e 2 mil indiretos
Instalação de aerogeradores do complexo Delta 3, na região de Paulino Neves e Barreirinhas, gerou 1,5 mil empregos diretos e 2 mil indiretos (pascoa)

O Parque Eólico entre Paulino Neves e Barreirinhas, no Maranhão, será ampliado este ano pela Omega Energia. O investimento total de implantação dos novos complexos (Delta 5 e Delta 6) é da ordem de R$ 500 milhões, e o projeto já está na fase inicial.
O atual Complexo Delta 3 possui 96 aerogeradores e teve um investimento total de R$ 1,5 bilhão. Além de proporcionar energia limpa e sustentável, a usina gerou 1,5 mil empregos diretos e 2 mil indiretos na primeira fase das obras, bem como impulsionou a economia local e regional por meio de projetos sociais e estímulos ao desenvolvimento do comércio e do turismo na região.
Em dezembro do ano passado, a Omega Energia efetivou a venda de mais 108 MW durante um novo leilão, além dos 220,8 MW já em operação, o que exigiu a implantação de dois novos complexos, que irão aumentar a capacidade instalada da companhia a fim de atender à nova demanda.
“O leilão foi uma importante retomada para o setor elétrico nacional, especialmente, para a expansão da matriz eólica. Com a garantia de maior demanda de consumo, podemos apostar ainda mais no potencial do país para a geração de energia renovável”, afirmou Antonio Bastos, presidente da Omega Energia.
Além de Paulino Neves e Barreirinhas, a Omega Energia também é proprietária dos parques eólicos de Parnaíba, no Piauí, e ambos os estados têm se destacado no ranking nacional de geração de energia eólica.
A usina de Testa Branca I (PI) ficou no topo das 10 das eólicas com maior fator de capacidade durante todo o ano de 2017. Todas as 10 usinas do ranking, no mês de novembro de 2017, também no Piauí ou no Maranhão, pertencem à Omega Energia.

Energia renovável
O Brasil caminha a passos largos na direção da energia renovável. De acordo com o relatório 2017 do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), o país subiu do nono para o oitavo lugar no ranking mundial de capacidade instalada de energia gerada pelo vento. Desde 2015, a produção brasileira tem ultrapassado países como a Itália e o Canadá, e se consolidado especialmente na região Nordeste.
Durante alguns dias de 2017, a energia eólica chegou a ser responsável por 64% do consumo no Nordeste, região com o maior número de parques eólicos do país. O grande campeão é o estado do Rio Grande do Norte, que possui 135 parques e 3.678,85 MW de capacidade instalada. Em seguida vem Bahia, Ceará e Piauí.
Por décadas, a energia produzida pelas usinas hidrelétricas se manteve como a mais competitiva e barata do mercado. Contudo, no fim do ano passado, pela primeira vez na história dos leilões de energia, a geração eólica desbancou a hidrelétrica como a mais barata.
Hoje o Brasil possui uma capacidade instalada de 12,76 GW de energia eólica, que já é responsável por 8,3% do total da energia consumida no país. Atualmente, são mais de 500 parques eólicos em plena atividade, e a perspectiva é de que a capacidade instalada de geração chegue a 500 GW em alguns anos, colocando o gigante sul-americano entre os seis principais produtores de energia eólica do mundo.
Para o doutor em Engenharia Elétrica e coordenador do Instituto de Ciência e Tecnologia de Energias Oceânicas, Osvaldo Saavedra, a mudança na matriz energética do país pode representar, num futuro próximo, tarifas mais baratas ao consumidor.
“O vilão das tarifas são as usinas termelétricas, que produzem uma energia mais cara e são acionadas sempre que há poucas chuvas. Mas ultimamente tem chovido muito, e os ventos do Brasil são os melhores do mundo porque variam pouco, com uma capacidade de geração acima de 40%. O crescimento dos parques eólicos no país certamente pode assegurar uma matriz cada vez mais renovável e tão barata quanto à hidrelétrica”, analisa o professor.

Mais

Primeira turbina

No Brasil, a primeira turbina de energia eólica foi instalada em Fernando de Noronha, em Pernambuco, em 1992. Na época, a geração de energia elétrica correspondia a 10% da energia gerada e
consumida na ilha. Isso economizava 70 mil litros de óleo diesel por ano.
Com os parques atualmente em construção, estima-se que até 2020 o país terá aproximadamente 600 parques eólicos em operação, dos quais cerca de 30% foram desenvolvidos pela Casa dos Ventos. Esses parques terão capacidade instalada de 17,9 GW, e representarão em torno de 10% de toda a energia produzida no Brasil.

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