Investigação

Polícia conclui inquérito sobre morte de Bugarin

Delegado espera até sexta-feira encerrar as investigações e encaminhar o inquérito à Justiça

Ismael

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

SÃO LUÍS - O inquérito policial que investiga a morte do empresário e músico Davi de Souza Bugarin de Mello, de 26 anos, deve ser encaminhado ao Poder Judiciário até o próximo dia 16 pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP). A vítima foi morta a tiros pelo tenente-coronel da Polícia Militar Walber Pestana da Silva, no Parque dos Nobres, na noite do dia 15 de fevereiro deste ano. Bugarin namorava a filha do militar, Ingrid Rayanne Silva e Silva, de 24 anos.

O caso está sendo investigado pela SHPP, sob coordenação do delegado Lúcio Rogério Reis. Ele informou que esta semana vão ser ouvidas mais testemunhas, inclusive as que foram indicadas pelo advogado contratado pela família da vítima para acompanhar o caso. Também no decorrer desta semana, a polícia aguarda resultado de exames periciais do local e balístico, feitos por peritos do Instituto de Criminalística (Icrim).

De acordo com as informações do delegado, a polícia também vai analisar as imagens das câmeras de vídeo localizadas na área. “Estamos trabalhando para que o inquérito policial possa ser enviado ao Poder Judiciário após todas as oitivas serem realizadas e os resultados periciais”, declarou Lúcio Rogério Reis.

Confirmação

Na última sexta-feira saiu o resultado o exame cadavérico realizado no corpo de Davi Bugarin pelo Instituto Médico Legal (IML). Segundo o delegado, os laudos periciais confirmaram que a vítima foi morta por um disparo de arma de fogo, que atingiu as costelas. A bala provocou hemorragia interna.

Também os exames confirmaram que Ingrid Rayanne foi agredida fisicamente. Lúcio Rogério Reis declarou que os exames constataram 12 lesões no corpo da filha do policial, na cabeça, nas pernas e até nos pés. “Há marcas de objetos cortantes, principalmente na cabeça de Rayanne”, explicou o delegado.

Entenda o caso

A polícia informou que Davi Bugarin estaria com raiva, devido Ingrid Rayanne ter ido passar o Carnaval fora da capital. Eles discutiram e trocaram agressão física na residência do tenente-coronel Walber Pestana. Ingrid Rayanne chegou a acionar a polícia ligando para o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).

O tenente-coronel ao chegar, tentou intervir na briga do casal e efetuou o disparo contra o músico. Davi Bugarin foi levado ao Hospital Municipal Socorrão I, no Centro, mas chegou à casa de saúde sem vida, enquanto o oficial fugiu do local.

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