SÃO LUÍS - A coleta das informações, que começou em outubro do ano passado, terminou no dia 28 de fevereiro. A etapa agora é de verificação da coerência dos dados obtidos a partir de críticas e supervisões para, em seguida, serem iniciados os procedimentos de divulgação dos resultados

Após cinco meses de coleta de dados, o Censo Agropecuário no Maranhão, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega à fase de supervisão das informações obtidas. Após essa atividade, os primeiros resultados da pesquisa começarão a ser divulgados e mostrarão a realidade atual do setor agropecuário.

A coleta de dados para o Censo iniciou, em todo o Brasil, em outubro de 2017 e terminou no dia 28 de fevereiro. De acordo com o cronograma já estabelecido, o enfoque agora será na supervisão, que consiste em verificar se as informações colhidas pelos recenseadores estão dentro dos padrões e, ao mesmo tempo, corrigir possíveis erros. A atividade faz-se necessária para que todos os dados possam refletir a realidade vivida no campo.

Organização

No Maranhão, todas as atividades estão de acordo com o planejamento estabelecido. Em algumas subáreas, por exemplo, o trabalho de supervisão e crítica dos dados foi sendo realizado de forma concomitante com a coleta das informações em campo pelos recenseadores. Tal modo de organização garantiu que houvesse mais celeridade nos trabalhos.

Um dos destaques está sendo registrado na subárea de Vitorino Freire, responsável pelos municípios de Vitorino Freire, Pio XII, Satubinha, Olho d’Água das Cunhãs, Altamira do Maranhão e Brejo de Areia. “Realizamos uma boa cobertura em todos os locais e ainda tivemos todas as ferramentas para constatar que o trabalho estava sendo feito dentro dos padrões”, destacou Joel de Lima Silva, agente censitário municipal.

Na avaliação de Saulo Carvalho Pires, um dos Coordenadores de Área do Censo Agro no Maranhão, o engajamento e comprometimento da equipe na região foi fundamental para que os trabalhos fossem desenvolvidos da melhor forma possível, tornando-se referência para outras subáreas.

“Tivemos algumas dificuldades no início, mas graças a uma equipe brilhante, realizamos um bom trabalho. Melhoramos a qualidade das informações coletadas paralelamente às atividades de coleta e agora estamos finalizando com esta mesma qualidade”, avaliou o servidor.

Brasil

No Maranhão, 215.735 estabelecimentos agropecuários haviam sido recenseados até o dia 1º de março. Em todo o Brasil, o IBGE completou, no final de fevereiro, a primeira etapa do Censo Agro 2017, com 93,6% da coleta realizada e 4.918.593 propriedades recenseadas. Em alguns pontos, a coleta continua em regiões afetadas por fatores climáticos e em locais de difícil acesso.

Para o presidente do IBGE, Roberto Luís Olinto Ramos, a meta inicial foi atingida, uma vez que os cerca de 19 mil recenseadores envolvidos na operação censitária visitaram 7,2 milhões de endereços, quase dois milhões a mais que o previsto, para identificar a existência ou não dessas propriedades.

Essa diferença ocorre porque o cadastro de propriedades vai sendo atualizado à medida que os recenseadores vão percorrendo o país: eles excluem os endereços não caracterizados como estabelecimentos agropecuários e incluem outros que foram identificados durante a coleta. “Nosso objetivo inicial foi atingido. Tanto é assim, que o cronograma de divulgação dos primeiros resultados está mantido para o mês de julho”, destacou o presidente.

A divulgação dos primeiros resultados do Censo Agro, prevista para julho de 2018, mostrará o perfil do produtor rural por sexo, idade, cor ou raça, alfabetização e escolaridade, utilização das terras, efetivos da pecuária, produção animal e vegetal, a forma de obtenção das terras, as práticas agrícolas utilizadas no estabelecimento, entre outras informações.

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