Operação

PF prende falsificadores do seguro desemprego

Cinco pessoas no Maranhão e 14 no Pará foram presas ontem, e 27 mandados de busca e apreensão cumpridos nos dois estados

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Policiais federais examinam documentos apreendidos
Policiais federais examinam documentos apreendidos (Policiais)

SÃO LUÍS - A Polícia Federal (PF) realizou, ontem, no Maranhão e no Pará, uma operação com o objetivo de combater fraude no saque do seguro-desemprego. O cerco denominado Operação Fake, realizado no Maranhão, ocorreu em São Luís e em São José de Ribamar resultou na prisão de cinco pessoas e cumpridos sete mandados de busca e apreensão e que recolheram computadores e documentos. Essa operação contou com representantes do Ministério do Trabalho e policiais federais. As ações no Pará foram realizadas nas cidades de Redenção e Conceição do Araguaia.

Segundo informações da assessoria de comunicação da PF, a Operação Fake cumpriu, nos dois estados, 19 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão. Essa fraude, descoberta em 2016, proporcionaria um prejuízo aos cofres da União em torno de R$ 800 milhões. No Maranhão as buscas foram feitas na sede do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de São Luís e em São José de Ribamar. Os presos foram Ananda Morais Ribeiro, Geordana de Brito Ramos, Herbert Reis, Raissa Pereira Pinheiro e Rosenir Batista de H. Lima.

Os detidos na Ilha foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, na Cohama, e vão responder pelos crimes de estelionato qualificado, inserção de dados falsos em sistemas de informações e associação criminosa, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão. Eles vinham sendo investigados desde o ano de 2016.

A polícia, com o apoio dos servidores do Ministério do Trabalho, conseguiu rastrear as inclusões fraudulentas de benefícios do seguro desemprego. Em apenas 10 minutos os policiais flagraram 42 tentativas de fraude em uma única agência da Caixa Econômica Federal na cidade de Redenção, no Pará. Desde 2016 já foram identificados mais de 57 mil tentativas de fraudes no país, o que equivaleria à desvios de aproximadamente R$ 800 milhões para os cofres da União.

Stellio

Em maio do ano passado, a PF desenvolveu a Operação Stellio, que visava desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o programa de seguro desemprego e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esse grupo criminoso atuava nos estados do Maranhão, Tocantins, Goiás, Pará, Roraima, Paraná e Santa Catarina.

Durante o cerco policial foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de condução coercitiva, nove prisões preventivas e 61 prisões temporárias. Segundo a polícia, os criminosos inseriam requerimentos fraudulentos no Sine por meio de agentes credenciados, e em escritórios montados pela organização, mediante a utilização das senhas desses agentes cooptados. A investigação apontava um prejuízo efetivo na ordem de R$ 320 milhões, conforme dados de requerimentos fraudados entre janeiro de 2014 e junho de 2015.

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