Retorno

Assembleia retornará aos trabalhos com nova configuração da mesa

Othelino Neto (PCdoB) ascendeu à presidência e, com isso, uma vaga na mesa diretora ficou aberta; eleição para o cargo acontece logo no retorno das atividades da Casa, na próxima semana

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Othelino Neto assumiu a presidência da Assembleia neste mês
Othelino Neto assumiu a presidência da Assembleia neste mês (Othelino Neto, deputado)

Os trabalhos na Assembleia Legislativa retornarão em uma semana. Na volta das atividades, o legislativo estadual terá uma nova configuração da mesa diretora que inclui a eleição para um dos cargos que ficou aberto após mudança de comando da Casa.
Com o falecimento do deputado Humberto Coutinho (PDT), ocorrido no início de janeiro, o deputado Othelino Neto (PCdoB) ascendeu ao cargo de presidente da Assembleia Legislativa. Com a efetivação do comunista no comando da Casa, outros deputados também mudaram de cargo na mesa.
O deputado Fábio Macedo (PDT) foi para o cargo de 1º vice-presidente, Josimar de Maranhãozinho (PP) ficou na 2ª vice e Adriano Sarney (PV) na 3ª vice, por ordem de sucessão natural, deixando em aberta a 4ª vice-presidência.

Eleição
O retorno das atividades será marcado pela eleição para a escolha do quarto vice-presidente. O nome mais cogitado até o momento é do deputado do PCdoB, Levi Pontes.
Além das mudanças na composição da mesa diretora, houve ainda modificações que resultarão a uma nova configuração do plenário. O deputado Rafael Leitoa (PDT), que era suplente do deputado Neto Evangelista (PSDB) – licenciado para compor o governo de Flávio Dino (PCdoB) – passou a ser titular.
Ficou como suplente o deputado Fernando Furtado (PCdoB), que conseguiu retornar a Casa, ocupando a cadeira de Neto Evangelista.
Furtado teve sua passagem na Assembleia Legislativa, que ocorreu logo no início da nova legislatura em 2015, marcada pelo vazamento de um áudio do comunista insultando indígenas da tribo Awá-Guajá, durante sua participação em uma audiência pública na cidade de São João do Caru. Ele se referiu aos integrantes da tribo como “bando de veadinho”, “boiola” e chegou a sugerir que eles morressem de fome “porque não sabe nem trabalhar”.
“Lá em Brasília o Arnaldo [Lacerda, presidente da Aprocaru] viu os índios tudo de camisetinha, tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de veadinho. Tinha uns três lá que eram veados que eu tenho certeza, veados. Eu não sabia que tinha índio veado, fui saber naquele dia em Brasília, tudo veado. Então é desse jeito que tá: índio já consegue ser veado, boiola, e não consegue trabalhar e produzir? Negativo!”, disse.
A O Estado, no dia em que foi empossado deputado pela segunda vez, Furtado disse que não tinha que reconhecer que errou ao se pronunciar daquela maneira e criticou a imprensa que, segundo ele, está “requentando” o assunto.
“Não reconheço nada. Isso aí é matéria requentada. Tudo passa. Aí nós não vamos, agora, ficar batendo no mesmo lugar, tá certo?”, disse.
De acordo com o parlamentar, o que houve de “conturbado” na sua primeira passagem pela Assembleia foi “colocado” pela imprensa.
“Não vejo nada da primeira passagem pela Assembleia de conturbado, não vejo. Isso quem coloca é a imprensa. Quanto a questões do passado, tem um ditado que diz que água que já rolou numa ponte não volta mais”, completou. l

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