Réu confesso

Suspeito do assassinato de Ane Mickaelly se apresenta no DF

José Roberto Brito Moreira, de 46 anos, confessou ter matado a maranhense, que morava no Distrito Federal, com golpes de faca por todo o corpo; uma desavença teria motivado o crime, segundo a polícia; ele prestou depoimento e foi liberado

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Assassino confesso de Ane Mickaelly alegou que vítima estava perturbando sua casa com bombinhas
Assassino confesso de Ane Mickaelly alegou que vítima estava perturbando sua casa com bombinhas (Anne Mickaelly)

Samambaia (DF) - José Roberto Brito Morei­ra, de 46 anos, se apresentou à polícia, na ter­ça-feira, 9, e confessou, em depoimento, ter assassinado a maranhense Ane Mickaelly Monteiro Mendonça, de 22 anos, na noite do sábado, 6, na cidade de Samambaia, no Distrito Federal. O crime foi consumado com golpes de faca no corpo e ocorreu em via pública. De acor­do com a polícia, uma desavença culminou na morte.

A princípio, o assassinato teria ocorrido porque a jovem Ane Mickaelly teria ido até a casa do agressor para pedir a filha dele em casamento, o agressor não aceitava e reagiu com agressividade, mas, em sua versão à polícia em depoimento, o assassino confesso alegou que Ane Mickaelly provocava toda a família, porque não era correspondida em seu sentimentos pela jovem.

“Segundo o depoimento, tan­to de José Roberto, como da filha, não existia nenhum relacionamento amoroso entre as duas. Ane Mickaelly queria ter um namoro com a filha dele, mas não era correspondida. Ela achava que a menina não a aceitava porque a família não permi­tia. Por isso, começou a provocar todos. Não descarto in­tolerância, mas essa foi a versão deles. O inquérito está em andamento”, afirmou a O Estado o delegado Joás Borges, delegado-chefe adjunto da 32ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal.

Conforme Borges, o assassinato foi executado com uma faca, com a qual José Roberto estava trabalhando no momento do fato, e ele não tem passagens anteriores pela polícia. “Ele tem um ponto na frente da casa, que vende churrasco. No dia do crime, conforme o depoimento, Ane Mickaelly, que morava em um apartamento próximo, jogava rojões bem em frente ao ponto comercial para assustar os clientes. Isso começou às 18h. Por volta das 22h, ele, irritado, pegou a faca que utilizava para cortar carnes, correu atrás dela e a matou. José disse também que ela provocava toda a família. Espalhava boatos tanto nas ruas, como no Facebook, que mantinha um relacionamento com a filha dele”, relatou Borges, de acordo com trechos do depoi­mento.

Por não haver flagrante, José Roberto Brito Moreira foi liberado e deve responder pelo cri­me de homicídio qualificado, podendo cumprir até 30 anos de prisão. De acordo com a Polícia Civil, familiares já retiraram o corpo da jovem do Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal.

SAIBA MAIS

Ane Mickaelly Monteiro Mendonça, de 22 anos, era natural de Presidente Dutra, interior do estado, e morava sozinha na cidade de Samambaia, no Distrito Federal. De acordo com o delegado Joás Borges, o homem que a matou, José Roberto Brito Moreira, de 46 anos, e toda a família dele a ajudaram quando ela foi morar no DF.
Ela foi morta, na noite do sábado, 6, com golpes de faca por todo o corpo. O crime ocorreu na rua em que ela morava, na cidade de Samambaia, no Distrito Federal. O autor, José Roberto Brito Moreira, fugiu logo após o crime e se apresentou espontaneamente à polícia na terça-feira, 9.

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