Fios de telefone, energia e internet estão sendo levados por moradores de rua no centro de São Luís. Os casos de furto de fios de cobre estão ocorrendo principalmente nas ruas da Alegria e Viana Vaz, cujas ações criminosas já foram identificadas por meio de câmeras instaladas na frente de residências.
Durante a semana que passou, mais um caso aconteceu. Andarilhos furtaram fios de uma caixa de telefone e de internet, prejudicando moradores da rua inteira, entre eles Ronaldo Silva de Holanda. Ele contou que ficou sem usar a linha telefônica da sua residência, assim como também a rede de conexão de internet.
O morador destacou ainda que, além do furto dos fios, muitas pessoas já sofreram com furto de objetos pessoais. “Outro dia, uma menina entrou na minha garagem gritando, e ela dizia que um homem queria abusá-la”, disse Ronaldo Silva. O morador, que possui um estabelecimento comercial, contou que já sofreu diversas tentativas de assalto, tendo que colocar câmeras de segurança em sua loja e reforçar as portas.
A Cemar informou, em nota , que as situações de furto de cabos elétricos podem ser denunciadas por meio do site da Cemar. Depois de registrada a denúncia, a Cemar encaminha equipes para as inspeções conforme prevê a legislação do setor elétrico e, comunica ao Departamento de Defesa dos Serviços Delegados - Seic para as devidas investigações e penalidades criminais.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informou que, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos, investiga esses casos, quando são registrados. Reforçou ainda a importância dos órgãos responsáveis por esses setores notificarem as ocorrências para que seja mapeada a mancha criminal com este tipo de registro.
SAIBA MAIS
Quem for pego furtando cabos da rede elétrica pode ser preso por furto qualificado e o comprador do material, pode ser preso pelo crime de receptação, que é punível conforme prevê o Código Penal Brasileiro. De acordo com o artigo 180 da legislação, a pessoa que adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime pode ser presa, tendo de um a quatro anos de além de ter de pagar multa. Se todas essas ações forem feitas com o intuito de obter vantagens comerciais, a pena aumenta e a prisão varia de três a oito anos. Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista pelo código penal será aplicada em dobro no infrator.
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