Moradores do bairro do Aurora se reuniram na noite de segunda-feira, 18, em mobilização para cobrarem o cumprimento do acordo de retirada da unidade da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac) instalada no bairro. O Governo do Maranhão garantiu que acontecerá até o dia 30 de dezembro, como havia sido acordado.

Na reunião, os moradores concordaram que, caso os jovens infratores não sejam transferidos daquela unidade, eles continuarão a cobrar do Governo do Estado a agilidade, já que consideram como perigosa à sua segurança a permanência deles naquela região.

Outro tema conversado no encontro foi a promessa não cumprida do governo, de instalação de uma unidade da Polícia Militar no bairro, para garantir a segurança. Como a promessa não se cumpriu, uma mobilização está sendo feita, garantida na reunião, para cobrar essa ação.

A moradora Concita Kzam, que participou da reunião com a comunidade, disse que eles ficarão em vigília, até que os menores sejam transferidos dali. “A gente vai cobrar que a transferência deles, como nos foi garantido pelos representantes do Governo do Estado. Eles podem querer fazer essa ação na surdina, mas queremos comprovação de que isso realmente ocorrerá.
Queremos presenciar isso, assim como vimos quando eles chegaram”, disse.

Em nota, o Governo - por meio da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) - informou que a unidade de medida socioeducativa, instalada no bairro Aurora, será transferida para outra instalação, em prédio próprio, conforme acordado na ação civil pública, até o prazo citado.

SAIBA MAIS

Após o governo anunciar a instalação da unidade da Funac, no dia 6 de janeiro deste ano, os moradores iniciaram uma série de protestos na entrada do imóvel que receberia os internos. Mesmo com a pressão popular, o governo manteve a decisão de instalar a unidade no imóvel e os moradores fizeram grande mobilização, com interdição da via de acesso. No dia 23 de janeiro deste ano, houve uma primeira tentativa de conciliação entre o governo e moradores, em uma reunião realizada em uma igreja evangélica, situada em frente ao prédio da Funac. Sem acordo, um novo encontro foi marcado para ocorrer dois dias depois, no Fórum Desembargador, que finalmente selou um acordo entre as partes.

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