Caso Nenzin

Filho de Nenzin depõe e nega envolvimento na morte do pai

Mesmo com as declarações do suspeito no depoimento, polícia diz que não tem dúvidas de seu envolvimento no assassinato do ex-prefeito da cidade de Barra do Corda

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Manoel Mariano Júnior quando chegava para depor na SHPP
Manoel Mariano Júnior quando chegava para depor na SHPP (Pacovan)

SÃO LUÍS - O filho do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano Júnior, o Júnior de Nenzin, prestou um novo depoimento, nesta sexta-feira, 15, na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa do Maranhão (SHPP-MA), no centro de São Luís. Suspeito de ter planejado o assassinado o pai, na quarta-feira, 6, naquela cidade, negou qualquer relação com o crime. Júnior de Nenzin continua preso temporariamente por 30 dias. Ele está detido desde o dia 8 de dezembro.
Para a Polícia Civil, não há mais dúvidas de que ele tenha envolvimento na morte de Nenzin. De acordo com o delegado Lúcio Rogério, superintendente da SHPP, os depoimentos que foram tomados tanto aqui na SHPP, como na delegacia de Barra do Corda, e o resultado de algumas perícias que foram realizadas (cadavéricas e no local onde o assassinato foi consumado), não há mais dúvidas de que o Manoel Mariano Júnior tenha relação direta como o crime. “Ele nega participação, mas as investigações apontam diferentes”, revelou o delegado a O Estado por telefone.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o filho da vítima estaria furtando, com a ajuda de outros suspeitos, cabeças de gado da fazenda do pai, que antes possuía cerca de 600 animais e a quantidade foi reduzida para 81. O ex-prefeito Nenzin desconfiava dos furtos e no dia que iria fazer a contagem dos animais foi morto antes de chegar à fazenda.
Desde que ocorreu o crime, na quarta-feira, 6, a Polícia Civil montou uma operação para desvendar os motivos e descobrir principalmente o autor do assassinato. Em uma das diligências realizadas segunda-feira, 11, na fazenda do ex-prefeito, policiais civis encontraram anotações importantes sobre negociações com gado. Num desses papéis, consta o nome de Manoel Mariano Júnior, o Júnior de Nenzin, referente à venda de gado de aproximadamente R$ 800 mil, no último mês. Os documentos passaram a fazer parte da investigação sobre o assassinato. Além das anotações, foram encontradas seis armas de fogo.

Relembre
O ex-prefeito da cidade de Barra do Corda (distante 440 km de São Luís), Manoel Mariano de Souza, o Nenzin, foi assassinado na manhã da quarta, dia 6 de dezembro, enquanto retornava de uma visita a um advogado no loteamento Morada do Rio Corda (situado às margens da
BR-226, na saída de Barra do Corda).
De acordo com a polícia, Nenzin estava no banco do carona de uma caminhonete dirigida por um de seus filhos, Manoel Júnior quando pediu para parar o carro supostamente para urinar. Segundo a polícia, neste momento, Nenzin teria sido abordado por dois homens em uma moto. Posteriormen­te, as investigações apontaram que o ex-prefeito foi morto dentro da própria caminhonete.

Versões
De acordo com o delegado Renilton Ferreira, de Barra do Corda, Manoel Filho contou histórias contraditórias que vão contra a versão constatada pela perícia. Na primeira versão, Manoel Júnior disse que parou a caminhonete às margens da BR-226 para que Nenzin fosse fazer necessidade fisiológica, quando ouviu os disparos que matou o pai. Na segunda versão, Manoel Filho disse que nem sequer ouviu o disparo que atingiu seu pai. l

Participações:

Antônio Filho - escondeu Manoel Filho na residência e com ele foi encontrada uma pistola 380

Francisco David – Ajudou levar a caminhonete para outro local, lavou o veículo e retirou os bancos melados de sangue

Luzivan Rodrigues – Vaqueiro da fazenda de “Nenzin” e ajudava Manoel Mariano Júnior no furto

Fonte: Polícia Civil

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