Fenalaw

Ética e futuro da advocacia debatidos em feira jurídica

O evento, que reúne mais de 1.100 congressistas e 200 palestrantes, será realizado até hoje no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35


SÃO PAULO - Ética e futuro da advocacia marcaram o primeiro dia de debates na Fenalaw - maior e mais conceituada feira jurídica da América Latina, que acontece até hoje, 26, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O evento reúne mais de 1.100 congressistas, 200 palestrantes, 60 expositores e patrocinadores, 200 palestras em seis auditórios simultâneos.

A palestra de abertura foi feita pelo advogado britânico Sthepen Mayson, professor de Direito da University College London e Consultor Legal Services Board, que veio ao Brasil pela primeira vez justamente para participar do evento. Durante quase uma hora, ele falou sobre o mercado jurídico britânico para uma plateia de mais de 1.100 advogados e lançou um questionamento sobre o futuro da advocacia.

“É importante que o advogado aja no maior interesse do cliente e considerando a sua privacidade. O advogado não tem autorização para se promover, mas isso era uma verdade na Inglaterra há 30 anos. Lanço um desafio: o direito é uma profissão ou um negócio?”, questionou a plateia.

Ele contou que, em 2007, o Reino Unido criou uma nova regulação para o setor. Entre as mudanças foi criado um conselho de serviço jurídico, um escritório de reclamação e um ombudsman.

“A nova estrutura alternativa de negócios prevê que tenha um advogado, um não advogado, e alguém de finanças. Enfim, são várias áreas envolvidas, como já ocorre em outros negócios. Mas antes de entrar efetivamente em atividade, essas novas estruturas passam por uma rígida verificação antes da autorização para exercer a atividade”. Para ele, o importante é que o Código de Conduta trate os profissionais como pessoas adultas.

“Aqui o advogado não tem autorização para se promover. Isso era uma verdade na Inglaterra há 30 anos, mas o mercado mudou e os advogados precisam se comportar de forma diferente. Isso ocorre porque o próprio cliente está buscando novas alternativas. E a estrutura regulatória que foi construída em torno do advogado vai mudar porque o próprio cliente quer isso. Precisamos reinventar a prática do direito e a regulação precisa refletir as mudanças geográficas e tecnológicas”, defendeu.

Por fim, o advogado britânico deu sua opinião sobre o questionamento feito para a plateia. “O direito é uma profissão e também pode ser um bom negócio, desde que regulado e com ética”, ressaltou Sthepen Mayson.
Tecnologia e capacitação

O presidente da Informa Exhibitions, Marco Basso, falou sobre a tradição da Fenalaw em apresentar as novidades de tecnologia e capacitação profissional para o mercado jurídico. Entre os destaques desta edição está a tecnologia na área jurídica, mas os debates estão abordando temas como ética e novos rumos da advocacia”, destaca Marco Basso.

A diretora da Fenalaw, Maria Juliana do Prado Barbosa, também ressaltou a importância tecnologia cada vez mais presente nos mais diferentes segmentos. “O mercado jurídico tem de estar inserido nessa onda de inovação e modernidade”, afirma Maria Juliana, diretora da Fenalaw.

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