O senador Roberto Rocha faz oficialmente faz parte do PSDB. Ele se filiou ontem em ato no seu gabinete, em Brasília. Nos discursos de boas vindas, dirigentes nacionais tucanos deixaram claro que o partido no Maranhão se fortalece com o retorno de Rocha aos quadros da legenda.

Com a presença forte de nomes nacionais da legenda como os governadores de Geraldo Alckmin (São Paulo) e Marcone Pirilo (Goiás), senadores, deputados federais, ministro Aloisio Nunes e também do ex-ministro José Serra, Roberto Rocha assinou sua ficha de filiação no PSDB.

Rocha lembrou que deixou o ninho tucano em 2011, após 16 anos de partido, devido a questões regionais, mas que nunca negou suas posições políticas que são as mesmas defendidas pelo PSDB. E que isso fez com que ele nunca se desligasse totalmente do partido durante os seis anos que esteve no PSB.

“Repito aqui o que disse em 2011 quando me filiei ao PSB a convite do saudoso Eduardo Campos: mudo de partido, mas não mudo minhas posições. E, por isso, estou à vontade para retornar ao PSDB, partido que estive filiado durante 16 anos antes de deixa-lo por questões regionais”, afirmou o senador.

Rocha recebeu mensagens do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), e foi recepcionado com discursos do presidente nacional da legenda, Tasso Jereissati, e também dos dois governadores presentes e do ex-ministro José Serra.

Nas falas dos tucanos, todos ressaltaram a importância da volta de Roberto Rocha para o PSDB e o fortalecimento que o partido ganha no Maranhão. Os dirigentes nacionais também fizeram referência à candidatura de Rocha a governador do estado.

“Para nosso exército, na batalha que vamos enfrentar, recebemos um reforço importantíssimo que é o senador Roberto Rocha”, disse Jereissati.

Sem maranhenses – No ato de filiação de Roberto Rocha, que é agora o 12º senador da bancada tucana, não teve a presença de qualquer membro do partido do Maranhão a não ser o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que trabalhou para que rocha retornasse ao PSDB.

Os demais membros, principalmente os dirigentes do partido no Maranhão, tentaram até o último minuto evitar o retorno de Rocha a legenda.

Carlos Brandão, presidente estadual – pelo menos ainda – e vice-governador do Maranhão, tentou reuniu com Tasso Jereissati para apresentar os resultados do partido no estado. Segundo fala o vice-governador, com a aliança com o PCdoB, o PSDB cresceu no Maranhão saindo das eleições de 2016 com 30 prefeitos e 30 vice-prefeitos eleitos.

Brandão não conseguiu apresentar os argumentos para o presidente nacional tucano.

Saída – Com a chegada de Roberto Rocha no PSDB, o projeto do partido muda totalmente. Com a direção do partido nas mãos de Carlos Brandão, a sigla iria continuar na base de apoio do governador Flávio Dino.

Com Rocha, o caminho será outro: o da oposição. Com isso, os membros do partido que fazem parte do governo comunista terão que desembarcar. Essa já é uma determinação da direção nacional.

“Aqueles que não seguirem com o projeto do partido, terão que deixar o PSDB”, afirmou Sebastião Madeira.

Por enquanto, somente Neto Evangelista, secretário Estadual de Desenvolvimento Social, e o deputado Marcos Caldas, admitiram que deixarão o PSDB. Carlos Brandão nunca assumiu a possibilidade assim como outros membros como o deputados Sérgio Frota e o primeiro suplente de Roberto Rocha e vice-presidente estadual do PSDB, Pinto Itamaraty.

Este último firma somente que aguarda uma posição do presidente Brandão sobre a chegada de Rocha ao partido.

Mais

Serão realizados no Maranhão dois atos de filiação simbólicos de Roberto Rocha. Em datas que ainda serão definidas, o senador fará uma solenidade em Imperatriz e outra em São Luís. Na capital, deverá ter a presença de dirigentes nacionais do PSDB e, nesse ato, Rocha deverá ser anunciado como novo presidente tucano no Maranhão.

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