Câmara

André Fufuca diz que faz esforço para aprovar reforma política nos próximos dias

Em entrevista a O Estado, presidente interino da Câmara diz que mantém contato permanente com líderes; ele aponta preconceito em algumas críticas a sua atuação

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
André Fufuca fala de sua passagem pela presidência da Câmara
André Fufuca fala de sua passagem pela presidência da Câmara (André Fufuca)

SÃO LUÍS - O presidente interino da Câmara dos Deputados, André Fufuca (PP-MA), afirmou ontem, em entrevista a O Estado, que fará um esforço para tentar aprovar no início da semana a PEC 282/2016, que trata do fim das coligações partidárias para as eleições para o Legislativo e cria uma cláusula de desempenho para que cada partido tenha acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e TV, a chamada “cláusula de barreira”.

O parlamentar já marcou três sessões, para os dias 4, 5 e 6 de setembro, e diz que está conversando com líderes partidários e com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – que está no exercício da Presidência da República – para tentar conseguir o quórum necessário para a votação.

“Eu não vou querer criar moda. O que eu vou fazer é pautar o que já está em trâmite na casa. Tem uma prioridade que todo mundo está esperando, que é a Reforma Política. Estou mobilizando os líderes, estou trabalhando para pautar isso na semana que vem. Esse é o nosso projeto”, pontuou.

Fufuca destacou na entrevista que na semana que passou já foi possível aprovar os destaques da MP 777/2017, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) para balizar os empréstimos do BNDES a partir de janeiro do próximo ano, em substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e ponderou que a PEC 282 seria colocada em pauta na quarta-feira, 30, o que acabou não sendo possível porque uma sessão conjunta do Congresso Nacional terminou perto de 3h da manhã da quinta-feira, 31.

“Nessa semana agora a gente conseguiu aprovar os três destaques que faltavam na TLP. Tinha um acordo para votar a PEC 282, que é a da [deputada federal] Shéridan, ia ser colocada em votação e não foi porque a sessão do Congresso acabou 3h da manhã, senão tinha sido votada. Agora é mobilizar os líderes”, ressaltou.

Confiante de que pode conseguir colocar a matéria para apreciação do plenário nos próximos dias, André Fufuca pondera, por outro lado, que temas como o “distritão” e o fundo partidário têm mais resistência das bancadas,

“O ‘distritão’ acho difícil de passar. O que é que tem de consenso nessa PEC da Shéridan: cláusula de barreira e fim das coligações para 2018. Tem outra PEC que trata do fundo partidário e do ‘distritão’. Essa ainda está sendo costurada”, completou.

Preconceito – O presidente interino do Legislativo comentou, também, a série de piadas e memes que têm sido feitos com ele após sua posse no cargo.

O parlamentar disse não se importar com o que considera “chacotas”. “Alguns são engraçados mesmo. Tem uns que você até se diverte”, admite.

Para ele, no entanto, há comentários revestidos de preconceito, não especificamente à figura do parlamentar, mas ao que ele representa.

“Você vê que tem alguns casos em que não é preconceito contra o Fufuca. É contra o jovem, que tem 28 anos, é contra o nordestino, é contra o maranhense. Não é contra mim, porque aquilo não me atinge. Quem achar que uma chacota me atinge, está perdendo tempo”, declarou.

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