Incerteza

Vereadores demonstram preocupação com Reforma Política

As mudanças no sistema eleitoral somente valerão para as eleições de 2018 se aprovadas até 7 de outubro; como o prazo é curto, vereadores acreditam que as mudanças serão testadas no próximo pleito

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Vereadores consideram que as mudanças propostas favorecem partidos maiores
Vereadores consideram que as mudanças propostas favorecem partidos maiores (Honorato Fernandes)

A reforma política ainda está sendo debatida na Câmara Federal e no Senado, mas a aprovação de pontos como distritão e fim das coligações partidárias já preocupam vereadores de São Luís. O motivo é que as mudanças que estão sendo discutidas agora podem passar a valer somente nas eleições de 2020.

O vereador Francisco Carvalho (PSL), por exemplo, voltou a criticar três pontos da reforma. Segundo ele, a população não pede mudanças no sistema de escolha dos seus representantes. O pedido da sociedade é por melhores serviços em áreas como Saúde, Educação, Segurança e Infraestrutura.

“É um absurdo como nossos representantes em Brasília estão preocupados com o que não preocupa a sociedade, que pede é serviços adequados e bons na Saúde, Educação, Infraestrutura e tantas outras”, afirmou Carvalho.

Um dos pontos mais criticado pelo parlamentar é o fim das coligações. Para Chico Carvalho, a intenção é reduzir o número de partidos políticos no Brasil. Segundo o vereador do PSL, legenda menores não estão na lista dos partidos envolvidos em escândalos como a lava jato.

“Ouço deputados, incluindo muitos nossos daqui do Maranhão, falando que partido emergente serve somente como sigla de aluguel. O mais interessante é que não olhamos partidos pequenos envolvidos em escândalos gigantescos. Só olhamos partidos grandes. Aí a atenção é voltada para acabar com partidos emergentes? É muita contradição”, afirmou.

O parlamentar criticou ainda a aprovação Fundo Especial de Financiamento da Democracia, que pela proposta do relator já aceita por maioria dos membros da comissão especial será de cerca de R$ 3,6 bilhões e o sistema de escolha de deputados e vereadores por meio do distritão.

Já o vereador Honorato Fernandes (PT) considera falsa a reforma que vem sendo debatida em Brasília.

“A falsa reforma política do grupo de Temer [Michel] exclui as minorias, dificulta a participação da população, destrói os partidos e consolida uma etapa para deixar o comando do país sobre os interesses de uma eterna minoria que se comporta como maioria”, disse o petista.

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