Incêndios em 2017

Maranhão registra um foco de queimada por hora este ano

Dado é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitora esse tipo de ocorrência no país. Município de Mirador é atualmente o de maior preocupação

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Incêndio em matagal na Av. Litorânea é debelado por bombeiros
Incêndio em matagal na Av. Litorânea é debelado por bombeiros (Queimada)

SÃO LUÍS - O Maranhão registra um foco de queimada por hora este ano. O levantamento, feito por O Estado com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que, de 1º de janeiro a 16 de agosto, foram registrados 5.257 incêndios em áreas consideradas de preservação ambiental ou de manutenção de reservas vegetais. Atualmente, o município maranhense de Mirador - distante 488 quilômetros de São Luís - é o de maior preocupação, já que no dia 15 deste mês registrou o sexto maior número de queimadas do país.

Segundo o Inpe, o Maranhão é o quinto estado no país na quantidade de focos de queimadas. O estado fica atrás apenas do Pará (com 11.254 focos), Mato Grosso (com 10.022 focos), Tocantins (com 6.062 focos) e Amazonas (com 5.903 focos). Somente nos 16 primeiros dias deste mês, foram registrados 1.328 focos no território maranhense, o que dá uma média de aproximadamente seis casos do gênero por dia e posiciona o estado, no período, na quinta colocação geral do índice no país.

No dia 16 deste mês, ainda de acordo com o levantamento - com base nas ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA) -, o estado registrou 35 focos de queimadas. Todos os casos ocorreram no interior do estado. Apesar do fato, devido à elevação das temperaturas - quadro comum nos períodos de transição entre o tempo chuvoso e o clima seco -, a preocupação é com o aumento dos focos na capital maranhense.

Em áreas de preservação, como o Sítio Rangedor, por exemplo, a prioridade é evitar o início de queimadas, já que se trata de uma das poucas áreas de preservação ainda parcialmente intactas na cidade.

Interior
A maior parte dos casos de queimadas no estado ocorre no interior. Ainda segundo o Inpe, em apenas 24 horas, a cidade maranhense de Mirador registrou 17 focos de queimadas. A cidade foi superada no país apenas por Manicoré (AM), Porto Velho (RO), Apuí (AM), Tarauacá (AC) e São Félix do Xingu (PA).

Entre os dias 11 e 15 deste mês, foram registrados 429 casos de incêndio em áreas florestais e/ou de preservação vegetal no estado. Somente no dia 13, foram 203 casos do gênero. No dia 15 do mesmo mês, foram 164 casos.

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informou, em nota, que é responsável por realizar o combate direto aos focos de incêndio em vegetação na capital e no interior do estado, seja em áreas de preservação ambiental ou não. São utilizadas guarnições especializadas, as quais utilizam técnicas, equipamentos e materiais adequados para a extinção dos focos de incêndios.

Em São Luís, os locais mais afetados são os que possuem vegetação de dunas, onde há altas temperaturas e solo seco, principalmente na Avenida Litorânea e na praia do Araçagi.
Já no interior, as cidades mais afetadas são as que têm a agricultura de subsistência como principal fonte de renda familiar, principalmente na parte centro-oriental do Estado, onde a umidade é menor e o solo mais seco.

Prevenção
Ações operacionais educativas são realizadas pelo CBMMA no intuito de orientar as pessoas a evitarem as queimadas descontroladas. São feitas campanhas educativas na forma de palestras, distribuição de folderes informativos, propagandas de rádio e TV (em parceria com o Ibama e Sema) e treinamentos para formação de brigadas de incêndio nas cidades mais afetadas no interior do estado.

Números

Focos de queimadas em 2017 por estado
Pará – 11.254 casos
Mato Grosso – 10.022 casos
Tocantins – 6.062 casos
Amazonas – 5.903 casos
Maranhão - 5.257 casos
Rondônia – 3.138 casos
Mato Grosso do Sul – 2.800 casos
Minas Gerais – 2.259 casos
Goiás – 2.046 casos
São Paulo – 2.028 casos

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

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