Mudança

Governo deverá leiloar Aeroporto Hugo da Cunha Machado, de São Luís

Informação é do ministro dos Transportes, Maurício Quintella; leilão deve ser em blocos, mesclando aeroportos deficitários e superavitários do país; o aeroporto de São Luís está no bloco Nordeste

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Sala de desembarque de passageiros do aeroporto de São Luís.
Sala de desembarque de passageiros do aeroporto de São Luís. (Sala de desembarque de passageiros do aeroporto de São Luís)

BRASÍLIA – O Aeroporto Hugo da Cunha Machado, de São Luís, está entre os 19 aeroportos do país - no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, hoje sob a administração da Infraero - que deverão ser leiloados, de acordo com anúncio, ontem, do ministro dos Transportes, Maurício Quintella.

De acordo com ele, a definição sobre o número de aeroportos, e o modelo do leilão, deve ocorrer em uma reunião marcada para 23 deste mês, com representantes dos Ministérios dos Transportes, Fazenda e Planejamento.

Quintella informou que o governo avalia fazer o leilão dos 19 aeroportos divididos em três blocos: Nordeste: aeroportos de Recife, Maceió, Teresina, São Luís, João Pessoa, Aracaju, Petrolina e Juazeiro do Norte; Centro-Oeste: aeroportos de Rondonópolis, Cuiabá, Sinop, Barra do Garça e Alta Floresta; Sudeste: aeroportos de Vitória, Macaé, Santos Dumont, Jacarepaguá, Campo de Marte e Pampulha.

Pelo modelo de leilão em estudo no governo, os grupos interessados teriam que fazer oferta pelo bloco todo e ficariam responsável por operar aeroportos superavitários (lucrativos) e deficitários (que dão prejuízo).

No bloco Nordeste, por exemplo, o principal aeroporto é o de Recife. Em troca do direito de opera-lo, portanto, o grupo interessado também teria que administrar o de João Pessoa, que é deficitário.

Esse formato é totalmente diferente do adotado pelo governo nos leilões anteriores, que entregaram à iniciativa privada os mais lucrativos aeroportos do país. Mais cedo, ontem, Quintella afirmou que os aeroportos já leiloados eram responosáveis por 53% da receita da Infraero.

Sobre o Aeroporto de São Luís

O Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Hugo da Cunha Machado (IATA: SLZ, ICAO: SBSL), também conhecido como Aeroporto do Tirirical, serve a cidade de São Luís, no Maranhão. Opera regularmente voos regionais e nacionais, e tem capacidade para receber aviões de médio porte como Airbus A320 e Boeings 737.

Em 2009, foi registrado o pouso de um Antonov An-124 com restrições, fazendo transporte de carga para a Vale. No dia 26 de dezembro de 2010 um voo charter da empresa EuroAtlantic Airways, operado por um Boeing 767-300ER, trouxe turistas da Europa para passar o reveillon em São Luís. Atualmente, a maior aeronave que opera regularmente no aeroporto é o Airbus A321 da LATAM.

O aeroporto Cunha Machado é a principal porta de entrada do estado e contribui para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Maranhão e em especial a área de influência metropolitana de São Luís

Atualmente, o aeroporto dispõe de uma área comercial, com restaurante, lanchonetes, sorveteria, agência de viagens, loja de artesanato, bancos, correios, locadoras de veículos, etc. A infraestrutura é composta por um terminal de passageiros climatizado com 8.100m², estacionamento para 400 vagas, salas de embarque e desembarque, escadas rolantes, elevadores, pontes de embarque, duas pistas de pouso e descolagem - a maior delas medindo 2386m x 45m dotada de ILS Cat 1 (voo instrumento), que permite atender as mais diversas situações de pouso e decolagem com relevante segurança operacional.

Mais

Privatização da Infraero

Maurício Quintella negou que o Governo Federal tenha planos de privatizar a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), mas admitiu a possibilidade de que seja aberto parte do capital da empresa.

Segundo o ministro, o governo nunca anunciou a privatização total da Infraero: o plano é justamente recuperar a estatal. “A ideia é dar à Infraero condições para ser sustentável”, disse Quintella, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Ele não descartou a hipótese de se vender mais de 50% da empresa. Nesse caso, a Infraero ganharia mais flexibilidade administrativa, pois suas compras não ficariam atreladas às regras da Lei nº 8.666, que trata das licitações no setor público, explicou o ministro. A expectativa é que, com abertura de capital, a gestão da Infraero melhore e a empresa se modernize tecnologicamente.

Após registar prejuízo de cerca de R$ 3 bilhões entre 2013 e 2015, além de R$ 750 milhões, no ano passado a Infraero deve lucrar neste ano R$ 400 milhões. O resultado operacional deste ano se deve à nova governança implementada na empresa com cortes, reduções e melhoria da receita comercial.

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