Denúncia contra Temer

Para votar relatório na CCJ, oposição quer votação em plenário em agosto

Oposição aguarda um entendimento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre a data de votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Casa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Na sessão desta quinta-feira, 13, da CCJ, manifestantes invadiram o local e foram retirados pelos seguranças
Na sessão desta quinta-feira, 13, da CCJ, manifestantes invadiram o local e foram retirados pelos seguranças (CCJ Câmara)

Brasília - A oposição aguarda um entendimento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a data de votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Casa para definir a sua estratégia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na tarde desta quinta-feira, 13.

De acordo com o líder da Rede na Câmara, Alessandro Molon (RJ), se Maia confirmar que a votação da denúncia ficará para o mês de agosto, após o recesso parlamentar, os deputados da oposição não vão criar empecilhos para a apreciação do texto da CCJ nesta quinta.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já admitiu que a votação pode não ocorrer antes do recesso, como o Palácio do Planalto pretendia inicialmente. "Pode ser agora, pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é que tem que colocar o quórum", disse.

Procurado, Maia declarou que, se a posição de Padilha for confirmada, "significa que oposição e base não querem votar" e, neste caso, ele "não tem o que fazer". O presidente da Casa ponderou que ainda precisa confirmar a questão com os líderes partidários.

Os líderes do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do PMDB, Baleia Rossi (SP), estiveram reunidos com Maia para tentar convencê-lo a abrir a sessão para votação da denúncia no plenário com quórum mínimo de 257 deputados, e não 342 como ele anunciou que pretende fazer. Após a conversa, eles se dirigiram ao Palácio do Planalto para uma segunda reunião.

Como a oposição e deputados da base aliada favoráveis à denúncia pretendem esvaziar uma eventual sessão de votação no plenário nos próximos dias, os governistas avaliam que não atingirão o quórum mínimo exigido por Maia para abrir a sessão e o pleito teria que ser adiado para agosto.

Confusão - um grupo invadiu a CCJ nesta quinta-feira (13) e começou a gritar palavras de ordem como “fora, Temer" e "diretas já”. Os seguranças da Câmara usaram a força para conter os manifestantes, que foram retirados da sala. Logo em seguida, os parlamentares retomaram o debate.

Com o tumulto gerado pela invasão, caiu água no sistema de áudio da comissão e o microfone do relator, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), não funcionou. Para iniciar a fala, ele teve que utilizar um microfone sem fio.

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