Retaliação

Arábia Saudita toma medida inusitada e expulsa camelos do Catar

Nove mil animais foram expulsos do território saudita em retaliação ao Catar, acusado de apoiar terroristas e manter vínculo com ameaça do Irã

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

ARÁBIA SAUDITA - As tensões entre a Arábia Saudita e o Catar ganharam um inusitado capítulo ontem. Ao menos 9 mil camelos de propriedade nacional do Catar foram expulsos do território saudita. Como consequência, muitos animais se perderam pelo caminho, enquanto outros acabaram morrendo ou ficaram feridos. As informações são da agência Ansa .

Em entrevista ao canal Al-Jazeera , o integrante da associação dos proprietários de camelos do Catar Mohammad Merri criticou a medida adotada pelas autoridades da Arábia Saudita . "Nós nunca vamos esquecer do que eles fizeram", disse.

Os animais eram mantidos em vastas áreas em Riad, capital do País, mas, o governo saudita decidiu removê-los de lá após romper relações diplomáticas com o Catar devido às acusações de que o governo catariano financiou grupos terroristas e mantém vínculo com o Irã .

Ainda segundo a Al-Jazeera , cerca de 9 mil camelos foram obrigados a deixar o território saudita somente nas últimas 36 horas – e o número deve aumentar.

Os camelos são importantes para os países da região pois eles auxiliam na produção de leite e carne, além de serem usados em competições e como meio de locomoção.

Tensão com o Catar

A crise envolvendo relações diplomáticas entre países do Oriente Médio e o Catar eclodiu no início deste mês, após o surgimento de acusações contra o governo catariano.

Além da Arábia Saudita, também cortaram relações com o Catar os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito.

"O governo do Reino (saudita) decidiu romper relações diplomáticas e consulares com o Estado do Catar e fechar todos os portos terrestres, marítimos e aéreos" para meios de transporte de nacionalidade catariana, afirmaram no dia 5 deste mês as autoridades à agência oficial saudita, SPA.

O Cairo, capital do Egito, acusa o país de "apoiar as operações terroristas no Sinai e de intervir nos assuntos internos do Egito e dos países da região, de modo a ameaçar a segurança nacional árabe e favorecer as diferenças dentro das sociedades árabes".

Segundo a agência oficial de notícias WAM, os Emirados Árabes reiteraram o seu compromisso e apoio aos países do Golfo e acusaram a nação de "minar a segurança e a estabilidade da região, bem como de descumprir os compromissos e acordos internacionais".

Após o anúncio do rompimento das relações diplomáticas, a Qatar Airways suspendeu todos os voos para a Arábia Saudita, segundo a France Presse.

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