Assembleia

Raimundo Cutrim critica segurança no Maranhão: “não existe”

Em forte discurso na Assembleia, comunista disse que secretários não atendem deputados que ações de governo estão sendo usurpadas por lideranças

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Deputado não poupou críticas ao governo
Deputado não poupou críticas ao governo (Raimundo Cutrim)

SÃO LUÍS - O deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) abriu ontem um novo flanco de crise na base do governo Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa ao disparar diversas críticas aos secretários de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, e ao de Saúde, Carlos Lula.

Ele reclamou do tratamento dado pelos auxiliares do governador aos parlamentares e fez fortes críticas especificamente contra a gestão do sistema de segurança do Maranhão.

“A Segurança acabou no estado do Maranhão, não existe. A Segurança no estado do Maranhão está na UTI, não existe, acabou. Falta de credibilidade”, declarou.

Segundo ele, nem Portela, nem Lula têm atendido os deputados. “Você liga para o secretário de Segurança, ele não atende. Eu larguei de ligar, liguei 10 vezes para marcar, mas deixei porque eu não preciso dele. Eu não preciso de segurança para nada, para quê? Eu fui secretário por quase 12 anos, mas nunca fui chamado para nada, pelo menos para dar uma opinião”, disparou.

A reclamação contra o titular da SES é a mesma: para Cutrim, Carlos Lula não dá a devida atenção aos deputados.

“A gente liga para o secretário de Saúde e ele nem atende. Faz 90 dias que eu estou querendo marcar uma audiência com ele e não consigo, mais de 90 dias. E isso é uma falta de respeito com o deputado e com o político, porque eu não vou pedir aqui para o presidente da Assembleia intermediar uma fala minha com o secretário, porque ali ele tem uma obrigação de atender todos os 42 deputados. Nós precisamos de uma informação, precisamos levar um pleito de um município, e nós não podemos porque o secretário não atende”, disse.

Raimundo Cutrim também criticou auxiliares e até parlamentares que tentam “faturar” com a entrega de amublâncias e o programa Mais Asfalto a prefeituras do interior do Estado. Na opinião do comunista, essas são ações de governo e assim devem ser tratadas, não como conquistas de auxiliares ou aliados.

“O governador, agora na reunião com os vereadores, textualmente falou que todos os municípios vão receber ambulâncias, vão receber poços e vão receber mais asfalto, quer dizer, é uma ação de governo, não é ação de deputado A, B ou C, é uma ação do governador do Estado, um compromisso que ele tinha de campanha e que está cumprindo”, comentou.

Por conta dos problemas com os secretários, o parlamentar informou que apresentará na próxima semana um projeto de lei obrigando todos os auxiliares do Executivo a prestar contas ao Legislativo de seis em seis meses.

“Eu estou entrando agora com um projeto para que os secretários sejam obrigados a semestralmente prestar contas de sua pasta perante a comissão ou o plenário. É obrigatório sob, pena de crime de responsabilidade. Porque os deputados, como fiscais do governo, precisam saber o que está acontecendo na pasta”, finalizou.

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