Brasília - Parte da composição do Conselho de Ética do Senado foi aprovada na noite da terça-feira, 30, pelo plenário da casa, autorizando que o colegiado volte a funcionar após três meses de atraso. Para presidir o conselho, a indicação do PMDB é o senador João Alberto de Sousa, pela sexta vezes escolhido para comandar o Conselho de Ética.
O conselho é responsável por analisar eventuais denúncias por quebra de decoro parlamentar que podem levar à cassação do mandato. Já foram indicados 20 dos 30 membros do colegiado, com a presença de três investigados na Operação Lava Jato: Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Além dos três, Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) também são alvos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), mas por casos que não são relacionados à operação de Curitiba.
Líder do governo no Senado e designado como membro titular do Conselho, Romero Jucá é alvo de oito inquéritos. Formado pelo PP e pelo PSD, o bloco Democracia Progressista ainda não faz suas indicações.
Em abril, após a delação premiada da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, do STF, aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu inquéritos contra nada menos que 24 senadores, quase um terço da Casa.
Na semana passada, João Alberto falou sobre sua indicação para presidir mais uma vez o Conselho de Ética e a responsabilidade de conduzir o processo por quebra de decoro contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
Segundo o senador do PMDB, ele vai analisar os pedidos, as provas apresentadas e somente depois decidirá sobre dá ou não prosseguimento ao pedido de cassação de Aécio.
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