Crise

Farmácia Big Ben confirma crise e fecha unidades no Maranhão

A decisão foi recebida com surpresa pelos funcionários, que somente foram notificados ontem; rede atuava há 16 anos no estado

Thiago Bastos / O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Fachada da Big Ben, no São Francisco, tinha aviso do fechamento na porta
Fachada da Big Ben, no São Francisco, tinha aviso do fechamento na porta (Bing ben)

SÃO LUÍS - A rede de farmácias Big Ben encerrou de forma oficial as suas atividades no Maranhão, após 16 anos. A decisão foi recebida com surpresa pelos funcionários, que somente foram notificados ontem, 16.

Além do Maranhão, o empreendimento também fechou as unidades situadas no estado do Piauí. No Maranhão, a Big Ben começou a explorar o mercado ainda em 2001, oriunda do estado do Pará (onde tem aproximadamente 168 unidades). Além de São Luís, as 20 sedes fixas da Big Ben no território maranhense estavam distribuídas pelas cidades de Açailândia, Caxias, Imperatriz, Santa Inês e Timon.

Nos últimos meses, a marca já dava sinais de recessão financeira, com falta de medicamentos considerados básicos nos estoques. Em outros estados, como o Ceará, a rede fechou as lojas ainda em janeiro deste ano, sem dar maiores explicações para os colaboradores e clientes. Em Pernambuco, as drogarias foram fechadas em fevereiro deste ano.

A Brasil Pharma, que detém a rede Big Ben desde março de 2012, foi procurada para se posicionar sobre o assunto. No entanto, nenhum representante foi encontrado até o fechamento desta edição. A Big Ben também não informou quantos funcionários foram dispensados, mas estima-se que seja acima de 300 pessoas, número este de colaboradores demitidos no Piauí, cuja rede de drogarias era inferior numericamente à do Maranhão.

Prejuízos

De acordo o próprio site oficial da Brasil Pharma, a Big Ben ainda é detentora de metade do mercado farmacêutico do varejo da Região Norte. A ideia era, nos próximos anos, expandir os negócios do empreendimento pela Região Nordeste. No entanto, fatores como a elevação da concorrência (com o surgimento de novas redes de farmácia) e a dificuldade de compra do cidadão brasileiro contribuíram de forma negativa para esta perspectiva.

Segundo o Valor Econômico, somente no ano passado a receita líquida da Brasil Pharma teve queda de aproximadamente R$ 1 bilhão, em comparação com o montante acumulado durante todo o ano de 2015. Naquele ano, a marca já havia registrado déficit de R$ 654 milhões.

Fator

Um dos fatores para a queda foi a venda da rede Brasil Pharma pelo BTG Pactual, empresa que há pou­co tempo era ligada ao empresário André Esteves, cujo nome consta entre os investigados pela operação Lava-Jato.

Bairros em São Luís com unidades da Big Ben

São Francisco;

Calhau;

João Paulo;

Vinhais;

Forquilha;

Turu;

Cohama;

Renascença;

Centro;

Cohatrac;

Cidade Operária;

Cohab.

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