Balneabilidade em xeque

Praias ainda estão impróprias na Ilha

Atestado é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente; apenas um trecho segue liberado

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Foz do Rio Pimenta se mantém imprópria para banho, no Calhau
Foz do Rio Pimenta se mantém imprópria para banho, no Calhau (imprópria)

SÃO LUÍS - As praias de São Luís permanecem impróprias para banho. O atestado é da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Apenas um trecho, de acordo com a pasta, segue liberado para banho e está situado à direita da elevatória II da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), na Praia do Calhau.

O levantamento foi feito pela pasta estadual entre os dias 9 de abril deste ano e 7 deste mês e segue às determinações, ainda de acordo com a Sema, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), responsável pelos parâmetros de análise de coliformes fecais no país. Um novo balanço sobre as condições da orla deverá ser divulgado na semana que vem.

Com o resultado atual, a população completa mais uma semana sem o uso apropriado das praias, já que trechos são considerados impróprios (por conterem concentração fora dos padrões de coliformes fecais) estão situados nas praias de São Marcos, da Ponta d´Areia, do Olho d’Água, do Araçagi e do Meio.

Em pesquisa feita por O Estado na semana passada, ficou constatado que a última vez em que todos os trechos estiveram próprios para banho na Região Metropolitana foi há sete meses. De lá para cá, em algumas semanas, 50% dos trechos estavam liberados e a outra metade estava vetada. Na maior parte dos levantamentos, o percentual de trechos impróprios superou os 60%.

Regularidade
Após cobrança feita por O Estado, a Sema voltou a emitir - periodicamente e conforme orientação judicial - os laudos de balneabilidade das praias de São Luís. No início do mês de abril, houve um atraso de aproximadamente uma semana na emissão do laudo. De acordo com a pasta, a demora era justificada “por problemas técnicos no endereço eletrônico onde os laudos são postados”.

Além da ausência de providências concretas que possibilitem o banho na orla sem danos à saúde, a população também reclamou da falta de avisos ao longo das praias da cidade que informem sobre os danos. Apesar da reclamação, O Estado constatou que placas avisando sobre a condição imprópria das praias estão fixadas em pontos estratégicos da orla.

Cobrança
Em outubro do ano passado, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Maranhão (AL), representantes da Casa cobraram o Governo do Maranhão sobre as condições da orla. À época, o Governo informou que “adotava providências” para sanar o problema, em especial, a construção de estações de tratamento para a rede sanitária.

Mesmo com as justificativas do Governo, membros da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) questionaram, na ocasião, os argumentos do poder público.

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