Reformas

Maioria dos deputados do Maranhão ainda não definiu voto em reformas

Reformas da Previdência e Trabalhista entre em pauta essa semana na Câmara e parte da bancada maranhense ouvidos por O Estado ainda analisam propostas

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Mendes é contra a Reforma da Previdência, Fernandes ainda indeciso, Juscelino é a favor da Reforma Trabalhista e Hildo analisa propostas
Mendes é contra a Reforma da Previdência, Fernandes ainda indeciso, Juscelino é a favor da Reforma Trabalhista e Hildo analisa propostas (Deputados)

SÃO LUÍS - Na pauta desta semana da Câmara Federal estão as reformas Trabalhista e da Previdência. Na terça-feira (25), os dois textos serão analisados em suas respectivas comissões especiais. Na quarta e quinta-feira a votação será em plenário. Entre os deputados da bancada maranhense ouvidos por O Estado, a maioria ainda permanece indecisa em relação ao voto que dará nas duas propostas.
Os deputados Aluísio Mendes (PTN), Hildo Rocha (PMDB) e Pedro Fernandes (PTB) ainda não definiram a posição que tomarão na votação. Eles aguardam a apresentação dos relatórios das duas propostas, também a apresentação dos destaques feitas pelos parlamentares para somente após decidir se votarão a favor ou contra.

Análise
Pedro Fernandes diz que ser favorável as duas reformas, no entanto, admite que há necessidade que os textos das duas propostas sejam melhorados e, devido a isso, prefere ainda não se posicionar.
“Sou favorável as reformas, mas é claro que estamos melhorando os projetos. E o voto depende do relatório que será apresentado”, afirmou o parlamentar do PTB.
Hildo Rocha diz que sabe das necessidades das mudanças, mas está analisando os relatórios da Reforma Trabalhista e da Previdência para depois se posicionar. “Ainda estou analisando os dois relatórios. Lógico que as mudanças são necessárias, mas tenho que ter a certeza de que elas de fato beneficiarão o conjunto do povo brasileiro”, afirmou o parlamentar.

Em partes
Quem já se posicionou em partes foi o deputado Aluísio Mendes (PTN). Ele é contra a Reforma da Previdência. Tanto o texto original enviado pelo Governo Federal quanto o apresentado pelo relator da comissão especial, segundo o parlamentar, não atendem as demandas da população brasileira.
Já em relação a Reforma Trabalhista, Mendes disse que ainda não definiu no voto e que vai analisar de forma mais aprofundada porque até o momento existem pontos que ele concorda e outros que ele é contra.
“Ainda não estou seguro sobre como votar as reformas. Em princípio, a da Previdência eu sou contra o texto que o governo enviou ao Congresso. E também contra ao que foi apresentado pelo relator. Quanto a [reforma] Trabalhista, ainda preciso saber qual o texto irá a plenário. Tenho posição favorável em alguns pontos e contrários em outros”, afirmou Aluisio Mendes.
Também definiu o voto em partes o deputado Juscelino Filho (DEM). Ele votará a favor da Reforma Trabalhista. De acordo com o parlamentar, há uma necessidade de ajustes a Lei Trabalhista e o texto apresentado pelo relator da proposta satisfaz alguns pontos que precisam ser atualizados.
“[A reforma Trabalhista] é necessária já que temos uma legislação trabalhista de 1943 com mais de 70 anos. E estão sendo feitos ajustes importantes e no parecer do relator pode-se perceber isso porque foi feito um grande trabalho”, garantiu o democrata.
Falta ainda Juscelino Filho se posicionar sobre a Reforma da Previdência, que segundo ele, ocorrerá após análise mais detalha da proposta.

Somente pedetista já definiu voto nas reformas

O único deputado que já tem o voto definido é o deputado Weverton Rocha (PDT). Ele votará contra as duas reformas conforme decisão de seu partido. Ele admite que há uma necessidade das duas reformas.
No entanto, ele diz que não tem como ser a favor das duas propostas apresentadas devido a legitimidade do governo em fazer e também a forma como está sendo feita. Segundo Rocha, a reforma trabalhista deve discutir mais de 100 artigos e como está sendo feita as pressas, o pedetista acredita ser inviável.
“São cento e vinte pouco artigos e desafio qualquer congressista a dizer quais pontos é que estão sendo tratados. Não podemos fazer uma reforma desse modo açodado como está sendo feito”, afirmou Weverton.
Em relação a Previdenciária, o deputado afirma que falta legitimidade ao governo de Michel Temer para fazer e também é necessária uma discussão que privilegie a parte social da área e não somente “com olhar fazendário”
“A reforma da Previdência tem que ser feito por um governo que tenha condições políticas e legítimas para tratar do assunto e depois que não seja retirando direitos somente com o olhar fazendário”, disse.

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