EUA lançam ''mãe de todas as bombas'' em esconderijo do EI
Em ataque no Afeganistão, os Estados Unidos usaram pela primeira vez ''maior bomba não-nuclear'', de acordo com o Pentágono; ação mirou cavernas do Estado Islâmico; a bomba tem 11 toneladas de explosivos
WASHINGTON - Os Estados Unidos lançaram pela primeira vez, ontem, em combate, uma bomba MOAB GBU-43, apelidada de "mãe de todas as bombas", segundo informou o Pentágono. Esta bomba é a mais potente não-nuclear já usada pelos EUA. De acordo com o porta-voz do órgão, Adam Stump, ela tem 11 toneladas de explosivos.
A bomba foi lançada sobre o Afeganistão por uma aeronave C-130, operada pelo Comando de Operações Especiais da Força Aérea, disseram fontes militares da CNN.
“Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ímpeto da nossa ofensiva contra o ISIS-K” General John Nicholson, Chefe das forças americanas e internacionais no AfeganistãoA MOAB foi desenvolvida durante a Guerra do Iraque e havia sido utilizada apenas em testes realizados pela Força Aérea em 2003.
O artefato foi lançado ontem no distrito de Achin, que fica na província de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão, para atacar túneis e cavernas usadas pelo grupo extremista Estado Islâmico na região.
“Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ímpeto da nossa ofensiva contra o ISIS-K”, disse o general John Nicholson, chefe das forças americanas e internacionais no Afeganistão, de acordo com a agência Reuters. “ISIS-K” é como é chamado o complexo de túneis e cavernas usado pelo grupo.
Questionado por jornalistas durante um evento na Casa Branca, o presidente americano Donald Trump disse apenas que estava "muito, muito orgulhoso de nossos militares" e que o uso da bomba foi "mais um evento de sucesso".
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o ataque foi lançado às 19h locais (por volta de 11h30, pelo horário de Brasília). "Os Estados Unidos levam muito a sério a luta contra o Estado Islâmico e, para destruir o grupo, temos que tirar espaço de operação dele, que foi o que fizemos", disse Spicer, acrescentando que mais detalhes seriam dados pelo Departamento de Defesa.
"Os Estados Unidos tomaram todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis e danos colaterais como resultado desta operação", disse. Os militares estão atualmente avaliando os danos causados.
Horas antes, o ditador sírio Bashar al-Assad afirmou que o governo americano protege o terrorismo com suas ações: "Os Estados Unidos não são sérios [na busca] de qualquer solução política. Eles querem usar o processo político como um guarda-chuva para os terroristas", disse em entrevista sobre o ataque americano a seu país, no último dia 6.
Ainda não há detalhes sobre os estragos causados pelo artefato.
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