Governo Michel Temer

Com 13 deputados, PTN comunica rompimento com governo Temer

Falta de espaço no governo e resistência dos parlamentares à proposta de reforma da Previdência levaram a direção da legenda a decidir por unanimidade deixar a base do presidente Michel Temer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Temer enfrenta pressão de partidos
Temer enfrenta pressão de partidos (Michel Temer)

O PTN, partido com 13 deputados na Câmara e nenhum representante no Senado, anunciou ontem rompimento com o governo Michel Temer. O rompimento foi oficialmente comunicado ao Palácio do Planalto durante reunião dos parlamentares da legenda com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.
Um dos principais motivos para o rompimento foi o espaço do partido no governo. O PTN reivindicava a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cargo que ocupou no fim do governo Dilma Rousseff. Hoje, porém, o posto é ocupado por Antônio Henrique Pires, indicação pessoal do presidente Michel Temer.
Deputados do PTN, que recentemente mudou o nome para "Podemos", afirmam que a decisão de romper com o governo foi aprovada por unanimidade na bancada. Além da reclamação por espaço, integrantes da legenda citam ainda resistência da sigla em apoiar a reforma da Previdência enviada pelo governo.
O partido não deixou claro ain­da se entregará os outros cargos que possui no segundo e terceiro escalões do governo e se atuará co­mo oposição ou de forma independente no Congresso Nacional.

Renan
Para aliados, quem também demonstra vontade de rompimento é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan voltou a dizer ontem, no plenário, que "o presidente Michel Temer não tem para onde ir". No início do discurso, ele afirmou que iria retificar a declaração, feita a aliados durante jantar da bancada terça-feira à noite, mas acabou reforçando o posicionamento.
"Eu fiz uma manifestação on­tem [terça-feira] a partir da minha percepção e pela convivência que tive com os dois, a Dilma e o Temer. A presidente Dilma sempre me passou a impressão de que não sabia para onde ir. E o presidente Michel Temer, com essa política econômica de arrocho, de juro alto, de aumento de imposto, de recessão de desemprego, se não mudar, ele está passando a percepção para mim que não tem para onde ir. Ou seja, a presidente Dilma não sabia para onde ir, e o Presidente Michel Temer não tem para onde ir com essa política recessiva", declarou

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