Estratégia de vacinação contra febre aftosa será alterada no MA
Orientação do Ministério da Agricultura é que em maio o rebanho bovino e bubalino seja vacinado, independentemente da faixa etária, e que na segunda etapa, em novembro, sejam imunizados somente os animais com idade até 24 meses
Por recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estratégia de vacinação contra a febre aftosa será alterada no Maranhão já a partir da primeira etapa, que ocorre em maio. A orientação é que todo o rebanho bovino e bubalino, estimado em 7,6 milhões de cabeças, seja imunizado, independentemente da faixa etária. E que na segunda etapa, em novembro, sejam vacinados somente os animais com idade entre 0 e 24 meses.
Além do Maranhão, a mudança na estratégia de vacinação contra a aftosa também será implementada nos estados de Alagoas, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Pará (exceto os municípios de Faro e Terra Santa e o arquipélago de Marajó, que deverão continuar seguindo a mesma estratégia e calendário).
Livre da aftosa
Segundo o auditor fiscal federal Fernando Lima, essas medidas anunciadas pelo Mapa visam preparar o país para ficar livre da aftosa sem vacinação. Hoje, somente o estado de Santa Catarina tem esse status sanitário no Brasil. O Maranhão, a partir de um grande esforço do então governo Roseana Sarney, foi certificado, em maio de 2014, como zona livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Fernando Lima informou que a meta do Ministério da Agricultura é até 2025 elevar o Brasil à classificação de zona livre da aftosa sem vacinação, fato que resultará numa valorização comercial maior do rebanho, cuja carne e derivados têm grande aceitação no mercado internacional.
Cosalfa
O assunto, inclusive, de alternativas para a retirada da vacinação contra a febre aftosa no Brasil está sendo discutida na reunião anual da Comissão Sul-Americana de Luta contra da Febre Aftosa (Cosalfa), que acontece até dia 7, na cidade de Pirenópolis, estado de Goiás.
O diretor-presidente Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), Sebastião Anchieta, que participa da Cosalfa, informou a O Estado, por telefone, que a mudança de estratégia foi uma proposição apresentada pelo Maranhão em 2015 e agora anunciada pelo ministério.
Sebastião Anchieta classificou a medida de forma positiva, do ponto de vista de colocar o país livre da aftosa sem vacinação, e também pelo fato de o Maranhão estar há 15 anos sem registrar foco da doença. Além do que, com a estratégia de vacinar na segunda etapa somente animais de 0 a 24 anos (apenas 2,5 milhões de cabeças), o criador terá uma economia de quase R$ 9 milhões, considerando o valor atual da vacina.
Com a mudança e objetivando garantir o adequado abastecimento de vacinas para este ano, os estados têm que encaminhar ao Mapa, até o dia 7 deste mês, os dados atualizados referentes à nova estimativa. A Aged informou que o Maranhão já realizou esse procedimento.
MAIS
A Comissão Sul-Americana de Luta contra da Febre Aftosa (Cosalfa) é formada pela Argentina, Brasil, Bolívia; Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai. Além desses países, o encontro em Pirenópolis conta com a participação de representantes da Espanha, Estados Unidos, França, Nova Zelândia e Suíça.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.