Denúncia

Prefeitura de Paulo Ramos é comandada por ex-presos na Operação Rapina

Prefeito do PCdoB e mais dois de seus auxiliares foram alvo da Operação Rapina da Polícia Federal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Flávio Dino ao lado do prefeito Deusimar, comunista preso na operação Rapina.
Flávio Dino ao lado do prefeito Deusimar, comunista preso na operação Rapina. (Flávio Dino)

PAULO RAMOS - A Prefeitura de Paulo Ramos, no interior do Maranhão, é comandada atualmente por pelo menos três acusados de desviar recursos público federais que deveriam ser aplicado em obras e serviços no município.

O prefeito, Deusimar da Silva (PCdoB) e duas das suas principais auxiliares, Delidiane de Moura Ferro e Vera Lúcia Silva, chegaram a ser presos pela Polícia Federal no ano de 2007 após a deflagração de uma das fases da Operação Rapina.

Na ocasião, Deusimar era secretário municipal de Administração – o prefeito era João Noronha, que também foi preso.

Delidiane Moura Ferro era tesoureira e presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), e Vera Lúcia Silva era membro da CPL. Na atual gestão, elas foram nomeadas para chefiar, respectivamente, a Secretaria Municipal de Finanças e a Secretaria Municipal de Administração.

Além da prisão, Delidiane Ferro e Vera Lúcia ainda respondem a processos na Justiça Federal por improbidade administrativa.

Segundo dados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a secretária de Finanças aparece como parte em dois processos; já a secretária de Administração figura em 19 ações.

Investigações – Todas as fases da Operação Rapina, desencadeadas na década passada pela PF – sob o comando do ex-delegado federal Pedro Meireles, já expulso da corporação por corrupção – foram iniciadas a partir de investigações do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA).

Em janeiro de 2006, segundo o órgão, os procuradores da República do Maranhão identificaram, a partir da análise de diversos relatórios de auditorias do TCU, o uso de notas fiscais de empresas comprovadamente inexistentes por vários gestores municipais, objetivando o desvio de recursos federais.

Em fevereiro do mesmo ano, o MPF/MA instaurou procedimento investigatório para colheita de provas e posteriormente requisitou a abertura de inquérito policial.

No curso das investigações, descobriu-se a participação direta de vários prefeitos municipais, o que levou a Procuradoria da República no Maranhão a pedir o deslocamento das investigações para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão da prerrogativa do foro desses agentes públicos.

No total, 119 agentes públicos chegaram a ter prisões decretadas pela Justiça Federal.

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